Parábolas
O catador de papel
Certa vez, um menino catador de papel,
realizando seu trabalho diário pelas ruas da cidade, chegou a um
estabelecimento muito bonito e grande, repleto de pessoas bem vestidas e pensou
consigo: “Aqui deve haver muitas caixas vazias. Após o expediente voltarei para
falar com o dono para pedi-las a fim de que possa vendê-las”.
Quando o comércio fechou, o menino voltou à
loja e viu um senhor muito alinhado na porta despedindo-se dos visitantes.
Aproximando-se, disse:
– Senhor, posso falar com o dono da loja?
– Sou eu mesmo. O que você quer? - respondeu
desconfiado o empresário.
– Gostaria de saber se o senhor poderia me dar
aquelas caixas para eu vendê-las.
O empresário, raivoso, enxotou o menino aos
gritos, ameaçando chamar pela polícia, pois não tolerava pedintes em sua loja.
O garoto apanhou seu carrinho de papel e saiu,
resignado e muito triste.
Porém, alguns metros adiante ouviu gemidos
muito fortes vindos da loja. Correu até lá e encontrou o empresário caído no
chão, acometido por um enfarto. O menino clamou por ajuda, mas ninguém o
escutou. Então, desocupou seu carrinho de papel e com muita dificuldade colocou
o moribundo dentro. Correu até o hospital mais próximo e a vida do empresário
foi salva.
Dias depois, o menino passava em frente à loja
e o empresário foi ao seu encontro:
– Meu jovem, venha cá. Hoje quero que você vá
até minha casa para eu lhe agradecer pelo que fez por mim.
O menino foi recebido com um grande banquete
como gesto de agradecimento. Após a sobremesa, o empresário chamou-o até um
galpão onde encontravam-se iates, carros importados e outras riquezas, todas
embaladas em grandes caixas. Disse ao garoto:
– Escolha o que você quiser deste galpão.
– Qualquer coisa mesmo? - perguntou-lhe o
menino.
– Sim.
O menino pensou, pensou e disse...
– Eu quero as caixas que estão envolvendo tudo
o que está no barracão.
O empresário, não compreendendo, satisfez seu
pedido.
Passados dez anos, o empresário encontrou o
menino, agora um jovem bem arrumado e aparentando estar muito bem de vida.
O empresário, que ficara intrigado com o
desejo do garoto na época, perguntou-lhe nesta oportunidade:
– Por que você não escolheu um iate ou carro
ou outro objeto valioso?
O menino respondeu-lhe:
– Porque para a meta que eu havia traçado para
a minha vida, as caixas garantiriam o meu futuro. Com elas paguei por meus
estudos, tornei-me diretor da empresa de reciclagem na qual trabalhava e com o
curso de engenharia que concluí, desenvolvi um projeto inovador na área que me
proporcionou o sucesso.
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A maior recompensa que podemos receber é o
necessário para conquistarmos o sucesso na vida.
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