(Frei Aldo Colombo)
Uma caravana viajava pelo deserto com vinte camelos. Ao cair da tarde chegaram a um oásis , onde pernoitariam. Ali havia um conjunto de estacas firmes, onde os camelos eram amarrados para que não se dispersassem e não fugissem. Os beduínos deram-se conta que faltavam uma estaca, eram apenas 19. O guia garantiu que este não seria o problema. Amarraram os camelos nas estacas e, ao chegar ao vigésimo animal, fingiram cavar uma estaca no solo. Acomodado, o camelo imaginou que estava firmemente amarrado e não fez qualquer tentativa de fuga.
Algo parecido acontece com os elefantes dos Circos. São amarados a uma frágil corda. E, porque não sabem a força que têm, aceitam a escravidão.
Na vida de cada um de nós existem algumas estacas imaginárias, que criam dependências. Eu sou assim, garantem muitos: não consigo deixar este hábito. Pode ser o fumo, bebida, a droga, a preguiça, o orgulho, a teimosia... Porque falta vontade de quebrar estas amarras, a pessoa vive a existência atrelada às suas limitações. Recusa-se a assumir as rédeas da vida.
Henri Ford, o pioneiro da fabricação do automóvel em série, garantia: Se você quiser ou você não quiser, sempre terá razão. Você decide se é um vencedor ou perdedor. Quando Napoleão chegou em frente à cadeia montanhosa dos Alpes, seus oficiais apontaram as dificuldades existentes. A travessia era temerária. Napoleão garantiu: Os Alpes não existem e determinou a vitoriosa a travessia. O francês Jean Cocteau afirmou de um vitorioso: Ele não sabia que era impossível; foi lá e fez.
Nos caminhos da humanidade, foram colocadas muitas placas: é impossível passar. Muitos não aceitaram a impossibilidade. Foram lá e conseguiram o “ impossível”. Na vida existem avisos, certezas, que devem ser levados em conta. Mas não desista antes do tempo, aposte mais uma vez. Quantas coisas não teriam acontecido se não houvesse o último minuto.
O certo é que temos mais forças do que imaginamos. Por veze, falta a coragem de uma decisão. Ou não queremos pagar o preço exigido. Não podemos deixar para mais tarde, para amanhã, para um dia qualquer. Se uma coisa é importante, devemos assumi-la agora. Com consciência ou não, cada dia fazemos uma escolha: escolhemos se vamos mudar ou se continuamos como somos.
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