(Frei Aldo Colombo)
Órfão aos sete anos, viu sua herança ser roubada pelos parentes. Aos 27 anos assistiu a um julgamento no qual um certo Calístrato teve um desempenho brilhante. Neste dia, decidiu ser orador, projeto arriscado uma vez que sofria de gagueira. Para superar seu defeito natural, corria na beira do mar, contra o vento, com pequenas pedras redondas na boca. Esta a história de Demóstenes, o maior orador da antiguidade.
Sua pátria, Atenas , atravessava momentos difíceis e foi derrotada em Queronéia por Felipe da Macedônia, quando perdeu a própria liberdade. Diante da derrota e do desânimo, Demóstenes tratava de levantar a moral do seu povo.
Ele provocava: atenienses, ainda não empregamos toda a nossa força, toda nossa inteligência, ainda não empregamos todo o nosso esforça e coragem. Ainda não perdemos a capacidade de lutar, a última palavra ainda não foi dita. Passaram-se anos, Demóstenes não assistiu o triunfo, mas suas palavras haviam incendiado os atenienses.
A vida me tratou muito mal, justificam-se muitos diante do fracasso. E com isso dispensam-se de lutar. A vida tratou muito mal a Demóstenes, órfão, pobre e gago. Mas ele não admitiu isso e partiu para a luta, colocando seu talento a serviço da comunidade.
Vencedores são aqueles que apostam num ideal exigente e dispõem-se a pagar o preço, por mais elevado que pareça. E a História está pontilhada de pessoas assim. Giuseppe Verdi foi reprovado no primeiro exame de música, Winston Churchill foi declarado incapaz para o serviço militar. Abraham Lincoln enfrentou a depressão, a falência, sucessivas derrotas eleitorais. Verdi está entre os maiores gênios musicais, Churchill, praticamente sozinho, salvou a Inglaterra na Segunda Guerra Mundial e Lincoln tornou-se Presidente dos Estados Unidos. Eles não desistiram.
Henri Ford, o pioneiro do automóvel em série, afirmava: se você acha que pode, ou se você acha que não pode, sempre terá razão.
A vitória não está sempre ao nosso alcance. Nem memo o temos obrigação de vencer. Depende de nós é a obstinação pela luta. É a teimosia pela luta que dá dignidade à pessoa, Um dia Deus não nos perguntará se vencemos, mas se lutamos. E Paulo apóstolo, no fim da vida avaliava: Combati o bom combate, guardei a Fé, resta-me agora a merecida recompensa ( 2 Tm 4,7)
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