sábado, 23 de novembro de 2024

Um Cara Muito Calmo



"Luiz é o tipo de cara que você  gostaria de conhecer".


 "Ele estava sempre de bom humor e sempre tinha algo  de positivo para dizer".


 


Se alguém lhe perguntasse como ele estava, a  resposta seria logo:


 


"Ah.. Se melhorar, vira FESTA!".


 


Ele era um gerente especial em um restaurante, pois  seus garçons o seguiam de restaurante em restaurante apenas pelas suas atitudes.


 


Ele era um motivador nato.


 


Se um colaborador estava tendo um dia ruim, Luiz estava sempre dizendo como ver o lado positivo da situação. 


 


 


Fiquei tão curioso com seu estilo de vida que um dia  lhe perguntei:


 


"Você não pode ser uma pessoa positiva todo o tempo".


 


"Como faz isso" ?


 


Ele me respondeu:


"A cada manhã, ao acordar, digo para mim mesmo":


 


"Luiz, você tem duas escolhas hoje:


 Pode ficar de bom humor ou de mau humor.


 


Eu escolho ficar de bom humor". 


 


Cada vez que algo ruim acontece, posso escolher  bancar a vítima ou aprender alguma coisa com o ocorrido.


 


Eu escolho aprender algo.


 


 Toda vez que alguém reclamar, posso escolher aceitar  a reclamação ou mostrar o lado positivo da vida.


 


Certo, mas não é fácil - argumentei.


 


É fácil sim, disse-me Luiz.


 


A vida é feita de escolhas.


 


Quando você examina a fundo, toda situação sempre  oferece escolha.


 


Você escolhe como reagir às situações.


 


Você escolhe como as pessoas afetarão o seu  humor.


 


É sua a escolha de como viver sua vida.


 


Eu pensei sobre o que o Luiz disse e sempre lembrava  dele quando fazia  uma escolha. 


 


Anos mais tarde, soube que Luiz um dia cometera um  erro, deixando a porta de serviço aberta pela manhã.


 


Foi rendido por assaltantes.


 


Dominado, e enquanto tentava abrir o cofre, sua mão  tremendo pelo nervosismo, desfez a combinação do segredo.


 


Os ladrões entraram em pânico e atiraram nele.


 


Por sorte foi encontrado a tempo de ser socorrido e  levado para um hospital..


 


Depois de 18 horas de cirurgia e semanas de  tratamento intensivo, teve alta ainda com fragmentos de balas alojadas em seu corpo.


 


Encontrei Luiz mais ou menos por acaso.


 


 


Quando lhe perguntei como estava, respondeu:


"Se melhorar, vira FESTA!".


 


Contou-me o que havia acontecido perguntando:


"Quer ver minhas cicatrizes"? 


 


Recusei ver seus ferimentos,  mas  perguntei-lhe o que havia passado em sua mente na ocasião do  assalto.


 


A primeira coisa que pensei foi que deveria ter  trancado a porta de trás, respondeu.


 


Então, deitado no chão, ensangüentado,    lembrei  que tinha duas escolhas:


 


"Poderia viver ou morrer".


 


"Escolhi viver"! 


 


Você não estava com medo? Perguntei.


 


"Os para-médicos foram ótimos".


 


" Eles me diziam que tudo ia dar certo e  que ia ficar bom".


 


"Mas quando entrei na sala de emergência e vi a  expressão dos médicos e enfermeiras, fiquei apavorado".


 


Em seus lábios eu lia:


 


"Esse aí já era".


 


Decidi então que tinha que fazer algo.


 


O que fez ? Perguntei. 


 


Bem.. Havia uma enfermeira que fazia


 


muitas  perguntas.


 


Perguntou-me se eu era alérgico a alguma coisa.


 


Eu respondi: "sim".


 


Todos pararam para ouvir a minha resposta.


 


Tomei fôlego e gritei; "Sou alérgico a balas"! 


 


Entre risadas lhes disse:


 


"Eu estou escolhendo viver, operem-me como um  ser vivo, não como um morto".


 


Luiz sobreviveu graças à persistência dos médicos...  mas sua atitude é que os fez agir dessa maneira.


 


E com isso, aprendi que todos os dias, não importa  como eles sejam, temos sempre a opção de viver plenamente.


 


Afinal de contas,


 


"ATITUDE É TUDO".

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