Um Ato de Amor!!!!
Aquele era um dia dos mais felizes na vida de
André.
Afinal, ele iria realizar seu grande
sonho: mergulhar na piscina grande do clube.
Seu pai havia lhe prometido que,
quando ele completasse cinco anos de idade, poderia entrar na piscina dos
adultos. Na companhia do pai, é claro.
O pequeno André estava radiante
naquela manhã ensolarada de domingo.
Ele e o pai chegaram cedo ao clube. E
como o pai precisava fazer o exame médico, pediu ao filho que o aguardasse por
alguns minutos.
Mas André, que não via a hora de
pular naquele mar de águas azuis, tão logo o pai se afastou, correu para a
piscina e mergulhou com vontade.
Foi só depois do mergulho que ele se
deu conta de que aquela piscina não tinha fundo.
Acostumado com a piscina rasa onde
sentia seus pezinhos firmes no chão, não desconfiava que a piscina grande era
diferente.
Aqueles foram os segundos mais
dolorosos da sua existência...
A água entrando em seus pequenos
pulmões... Seus bracinhos frágeis tentando alcançar a superfície, respirar...
Tudo em vão.
Ao redor, o silêncio...
André percebeu que não adiantava mais
lutar... Resolveu parar de se debater e dormir...
Tudo foi ficando longe, a angústia
passou e ele sentiu que uma mão iluminada se estendia na sua direção...
Percebeu, ao longe, um túnel de luz
que o atraía...
Entregou-se àquele sono diferente...
E nada mais percebeu.
Algum tempo depois André recobrou os
sentidos, mas já não estava mais na água, estava no hospital...
Os pais, em desespero, vibraram
quando ele deu os primeiros sinais de vida...
Os anos se passaram e André nunca
esqueceu aquele episódio.
Na sua juventude, foi que seu pai lhe
contou como ele havia sido salvo.
Um homem bom que passava pela piscina
naquele dia distante, viu algo estranho no fundo da água e perguntou a outro
homem, que também estava nas proximidades, o que era aquilo.
O outro disse que talvez fosse um
desses garotos testando por quanto tempo poderia ficar sem respirar.
Mas o homem bom não se contentou com
a resposta. Mergulhou imediatamente e descobriu o corpo do garoto, quase sem
vida.
Retirou-o da água e constatou que seu
corpo já estava todo roxo. Não podia perder nenhum minuto.
Começou ali mesmo os procedimentos
para reavivar aquele corpinho inerte.
Com as técnicas adequadas conseguiu
reativar seu coraçãozinho e o garoto foi levado às pressas para o hospital.
Mas o mais importante dessa história,
foi o homem que salvou a vida de André.
Como ele sabia as técnicas exatas
para efetuar aquele salvamento?
Na verdade essa habilidade lhe custou
muito caro. Um dia ele viu seu filho pequeno morrer daquela mesma forma, porque
não sabia o que fazer...
Com o coração dilacerado de dor,
aquele pai prometeu a si mesmo que jamais deixaria alguém morrer na sua frente
por falta de socorro.
Fez cursos e aprendeu todos os
procedimentos para atendimentos de emergência.
E foi assim que ele conseguiu fazer
com que o pequeno André recuperasse os sinais vitais e conseguisse chegar vivo
até o pronto socorro.
Tudo porque aquele pai não se deixou
abater pela dor. Pelo contrário, viu na dor um grande desafio.
O desafio de ser um agente de Deus
junto aos seus filhos. O desafio de ser um agente do bem.
Um pai... Uma dor... Uma nobre
decisão... Um grande exemplo.
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