quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Duas Casas

 Por muitos anos uma senhora em nossa vizinhança foi notada por seu belo jardim de tulipas. Passar por aquela exposição colorida fazia o coração cantar; seu jardim era um grande representante da beleza da Terra.

Ao lado de sua casa era o desleixado lar de um solteirão. Sua cerca estava quebrada, mato espalhado por toda parte e a pintura descascando.

Tais extremos de aparência, creio, não podem coexistir por muito tempo. Os vizinhos se perguntavam por que a senhora não reclamava. Mas nenhum confronto jamais ocorreu. O lindo jardim de tulipa e o terreno sujo permaneceram os mesmos por muito tempo.

Mas nesta primavera, algo inusitado aconteceu. Descendo a rua, fui surpreendida ao ver algumas fileiras de coloridas tulipas na frente da velha casa do homem.
O resto do terreno ainda estava um desastre, mas as tulipas eram deslumbrantes. Curioso, parei meu carro e caminhei até a casa da senhora. Era estava do lado de fora cuidando com carinho de suas flores.

- Olá! Cumprimentei. Eu gosto de sempre dar uma paradinha para admirar suas lindas tulipas.
- Obrigada, ela disse sorrindo. Se você puder esperar um pouquinho, eu corto algumas para você levar.
Não duram muito tempo, mas podem iluminar uma sala!

Em pouco tempo, ela tinha cortado uma dúzia de deslumbrantes flores para mim. Agradeci e disse,
- Notei que seu vizinho também plantou tulipas.
- Oh, não, ela disse, piscando para mim.

Eu plantei essas flores para o Sr. James. Ele perdeu sua esposa há alguns anos e suas crianças cresceram e se mudaram para longe. Ele vive uma amarga vida solitária, suspirou. Eu chamo o que fiz de minha trama de esperança.

- Trama de esperança? Perguntei sem ter entendido
o que ela quis dizer.
- Sim, para devolvê-lo a esperança de que seu lar pode ser lindo novamente, que ainda há bondade na vida e fazê-lo saber que Deus o ama tanto quanto me ama.

Agarrei meu buquê de tulipas e deixei aquele jardim sentindo que tinha aprendido muito mais sobre o significado de amor fraternal.

Para tratar as coisas sabiamente basta fazer com bondade.
Que eu possa, também, oferecer esperança em vez de crítica.
Que assim seja.


Bom dia!!

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018


Deus esta ai

- Papai, qual o tamanho do mundo? É muito grande?
A criança perguntou.
- Fica menor à cada dia. O pai respondeu.
- Mas qual o tamanho dele? A criança insistiu.
- Depende de qual mundo você está falando. Disse.

- Tem mais de um mundo?
- Sim, tem. Respondeu.

- Em qual mundo Deus está? Ela perguntou.

Então ele pediu que a criança trouxesse um pedaço de papel e alguns de seus lápis de colorir.

- Vem cá, deixe-me lhe mostrar.

Então desenho um pequeno círculo no meio da página e disse,
- Isto é o seu mundo. É onde você vive. Aqui estão todas as pessoas que você conhece e gosta. Deus está aí.

E continuou,
- Dentro deste mundo está o mundo que existe dentro de sua cabecinha. As coisas em que você acredita. Chamam-no de sua imaginação. Deus está aí.

- Depois tem o mundo em que você vive, com tudo o que Deus criou. Com todos os novos meios de comunicação o mundo ficou mais próximo. Posso ligar para meu irmão na Austrália ou para meu tio na Inglaterra. Posso enviar um email para os amigos que têm computadores em qualquer lugar no mundo. Deus está aí. Agora lembre-se de que, assim como você, cada uma das pessoas no mundo têm o seu próprio mundo. Ele disse enquanto desenhava muitos pequenos círculos. Deus está em cada um destes mundinhos.

Depois, o pai desenhou um círculo maior ao redor de tudo e disse,
- Este é o mundo maior. Nós o chamamos de universo, mas não temos nenhuma idéia de seu tamanho. Deus está aí.
A criança então pegou um lápis e desenhou um coração dentro do círculo maior.

- O que é isso? O pai perguntou.

Depois de um breve momento olhando o quadro, a criança respondeu,
- É vovó. Ela está no coração de Deus, certo?
Então, apontando o coração, ela disse,
- É aqui que é o céu, não é, papai?
- Sim e tem um pouquinho de céu bem aqui, também.
Ele disse enquanto a abraçava.

Tudo que nós temos, tudo que nós somos, tudo que nós precisaremos, está aí. A cadeira em que você está sentado, os elementos que a compõem e compõem o computador que você usa, a luz, a casa, a comida, a medicina... Tudo. A única coisa que nós devemos acrescentar e reforçar é a crença em quem criou tudo isto.

Se seu mundo parece estar problemático, se você se encontra hoje em um grande desafio, Deus está aí. Onde no mundo você estaria sem ele?


bom dia

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Deus o Abençoe!!!


Aquele moço seguia todos os dias pelo mesmo caminho.

Em suas viagens diárias do subúrbio, onde morava, à cidade, onde trabalhava, o trem sempre passava por um viaduto de onde se podia ver o interior de alguns apartamentos no prédio localizado em nível inferior.

Naquele lugar o trem diminuía a velocidade e por isso o rapaz podia observar através da janela de um dos apartamentos, uma senhora idosa deitada sobre a cama.

Ele via aquela cena há mais de um mês.

A senhora certamente convalescia de alguma enfermidade, era o que ele pensava. O jovem teve pena dela e desejou vê-la restabelecida.

Num domingo, achando-se casualmente naquelas imediações, cedeu a um impulso sentimental e foi até o prédio onde a senhora morava.

Perguntou ao porteiro o nome da anciã e depois lhe enviou um cartão com votos de restabelecimento, assinando apenas: "um rapaz que passa diariamente de trem."

Dali a uma semana mais ou menos, a caminho de casa no trem, o jovem olhou, como sempre, para a janela.

No quarto não havia ninguém e a cama estava cuidadosamente arrumada.

No parapeito da janela, porém, estava afixado um pequeno cartaz escrito à mão e iluminado por uma lâmpada de cabeceira. Mostrava apenas uma frase singela de gratidão, dizendo: "Deus o abençoe".

***

Um jovem com tanta sensibilidade fraternal, certamente é abençoado por Deus.

Esse Deus que quer que suas criaturas se amem e se respeitem mutuamente.

Esse Deus que espera que nos ajudemos uns aos outros, sem preconceitos e sem arrogância.

Aquele jovem do trem não tinha outra intenção a não ser ajudar anonimamente a uma pessoa desconhecida, atendendo a um apelo do seu coração generoso.

Gesto semelhante pudemos observar recentemente nos jornais de nossa cidade.

Um jovem afirmava que nunca podia se sentar em suas viagens de ônibus, pelo simples fato de não se sentir bem ficando sentado enquanto pessoas idosas, mães com crianças de colo ou gestantes estavam em pé.

Por vezes chegou a solicitar a outros jovens que cedessem seus lugares a pessoas com deficiências físicas.

E mesmo ouvindo de colegas sem escrúpulos que está sendo tolo, ele não abre mão das atitudes que julga corretas. Jovens como esses vêm ao mundo para torná-lo mais agradável, mais justo e mais humano. E é por essas e outras razões que vale a pena acreditar que o mundo está mudando.

Que o nosso planeta será cada vez melhor e mais receptivo a espíritos moralmente mais evoluídos.

Pense nisso!

Há pessoas que se entregam à depressão e outras enfermidades por acreditarem que ninguém se importa com elas.

Assim, um simples gesto de solidariedade pode se constituir em um dos mais poderosos remédios contra esse tipo de mal.

E é um remédio que não custa nada, não tem contra-indicação e está ao alcance de todos.


Pensemos nisso

domingo, 25 de fevereiro de 2018

" Uma flor rara "
                                                                                          
                                                                                                                                               


Havia uma jovem muito rica, que tinha tudo: um
marido maravilhoso, filhos perfeitos, um emprego
que lhe pagava muitíssimo bem, uma família unida.
O estranho é que ela não conseguia conciliar tudo
isso, o trabalho e os afazeres lhe ocupavam todo
o tempo e a sua vida estava deficitária em
algumas áreas.
Se o trabalho lhe consumia muito tempo, ela tirava
dos filhos, se surgiam problemas, ela deixava de lado
o marido... E assim, as pessoas que ela amava eram
sempre deixadas para depois.
Até que um dia, seu pai, um homem muito sábio, lhe
deu um presente: uma flor muito cara e raríssima,
da qual havia um apenas exemplar em todo o mundo.
E disse a ela: - Filha, esta flor vai te ajudar muito
mais do que você imagina! Você terá apenas que
regá-la e podá-la de vez em quando, ás vezes
conversar um pouquinho com ela, e ela te dará em
troca esse perfume maravilhoso e essas lindas flores.
A jovem ficou muito emocionada, afinal a flor era
de uma beleza sem igual.
Mas o tempo foi passando, os problemas surgiam, o
trabalho consumia todo o seu tempo, e a sua vida,
que continuava confusa, não lhe permitia cuidar da flor.
Ela chegava em casa,olhava a flor e as flores ainda
estavam, lá, não mostravam sinal de fraqueza
ou morte, apenas estavam lá, lindas, perfumadas.
Então ela passava direto. Até que um dia, sem mais
nem menos, a flor morreu.
Ela chegou em casa e levou um susto!
Estava completamente morta, suas raízes estavam
ressecadas, suas flores caídas e suas folhas amarelas.
A jovem chorou muito, e contou a seu pai o
que havia acontecido. Seu pai então respondeu: - Eu
já imaginava que isso aconteceria, e eu não posso te
dar outra flor,porque não existe outra igual a essa,
ela era única, assim como seus filhos, seu marido e sua
família. Todos são bênçãos que o Senhor te deu, mas
você tem que aprender a regá-los, podá-los e dar
atenção a eles, pois assim como a flor, os sentimentos
também morrem. Você se acostumou a ver a flor sempre
lá, sempre florida, sempre perfumada, e se esqueceu
de cuidar dela. Cuide das pessoas que você ama!
E você? Tem cuidado das bênçãos que Deus tem lhe
dado? Lembre-se da flor, pois como ela são as bênçãos
do Senhor: Ele nos dá, mas nós é que temos que cuidar delas.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

O Caminho


Um dia, um bezerro precisou atravessar a floresta virgem para voltar a seu pasto.

Sendo animal irracional, abriu uma trilha tortuosa, cheia de curvas, subindo e descendo colinas...

No dia seguinte, um cão que passava por ali, usou essa mesma trilha torta para atravessar a floresta.

Depois foi a vez de um carneiro, líder de um rebanho, que fez seus companheiros seguirem pela trilha torta.

Mais tarde, os homens começaram a usar esse caminho: entravam e saíam, viravam à direita, à esquerda,

abaixando-se, desviando-se de obstáculos, reclamando e praquejando, até com um pouco de razão...

Mas não faziam nada para mudar a trilha.

Depois de tanto uso, a trilha acabou virando uma estradinha onde os pobres animais se cansavam sob cargas pesadas, sendo obrigados a percorrer em três horas uma distância que poderia ser vencida em, no máximo, uma hora, caso a trilha não tivesse sido aberta por um bezerro.

Muitos anos se passaram e a estradinha tornou-se a rua principal de um vilarejo, e posteriormente a avenida principal de uma cidade.

Logo, a avenida transformou-se no centro de uma grande metrópole, e por ela passaram a transitar diariamente milhares de pessoas, seguindo a mesma trilha torta feita pelo bezerro... centenas de anos antes...

Os homens tem a tendência de seguir como cegos por trilhas feitas por pessoas inexperientes, e se esforçam de sol a sol a repetir o que os outros já fizeram.

Contudo, a velha e sábia floresta ria daquelas pessoas que percorriam aquela trilha, como se fosse um caminho único... Sem se atrever a mudá-lo.

Muitas vezes nos chamam de ousados , chatos , cri-cri , metidos , etc. pois temos ousado por caminhos novos, pois quando nos falam que devemos seguir aquele caminho pois todos estão indo por ali e não sentimos paz no coração , buscamos a resposta do alto , os conselhos de Deus e através dEle , por Ele e com Ele à nossa frente seguimos novos desafios. Sempre digo que não devemos ser cordeiros de homens ..............., mas cordeiros de Deus ........................

A propósito, qual é o seu caminho???


Você serve a quem???????????????

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Após o falecimento do pai.. o filho coloca a sua mãe num asilo, e a visitava de vez em quando.. Um dia, recebeu uma ligação do asilo, informando que ela estava morrendo.. Foi correndo para ver a sua mãe antes que ela falecesse..

Perguntou para ela: o que quer que eu faça por você mãe?

Disse a mãe: quero que você coloque ventiladores no asilo porque eles não tem e quero que você compre geladeiras também, para que a comida não estrague,muitas vezes dormi sem comer nada!!

O filho disse surpreso: mas agora está pedindo essas coisas, enquanto está morrendo?? Porque não reclamou antes?

A mãe respondeu triste: eu me acostumei com a fome e o calor, mas o meu medo é você não se acostumar,  quando seus filhos colocarem você aqui, quando estiver velho!!

MORAL DA HISTÓRIA:

"AME O QUE VOCÊ TEM , ANTES QUE A VIDA LHE ENSINE A AMAR O QUE VOCÊ PERDEU "



quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

O Presente Devolvido

Perto de Tóquio vivia um grande samurai idoso que agora se dedicava a ensinar o zen aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário. Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação: esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante. O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta.

Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo, e aumentar sua fama. Todos os estudantes se manifestaram contra a ideia, mas o velho aceitou o desafio. Foram todos para a praça da cidade, e o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos, ofendendo inclusive seus ancestrais. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.

Desapontados pelo fato de que o mestre aceitar tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram: - Como o senhor pode suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?

- Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente?

- A quem tentou entregá-lo - respondeu um dos discípulos.


- O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos - disse o mestre - Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo. A sua paz interior, depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma, só se você permitir...

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Embalagem..

Um jovem estava se preparando para sua formatura na Universidade. Há meses ele admirava um carro esporte em uma determinada concessionária, e, sabendo que seu pai poderia comprá-lo, disse-lhe que aquele carro era tudo que queria. Conforme a data da formatura se aproximava, o jovem tentava descobrir indícios de que seu pai tinha comprado o carro.
Finalmente, na manhã da formatura, o pai o chamou em seu escritório particular e lhe disse como estava orgulhoso em ter um filho como ele, o quanto o amava e lhe entregou uma caixa lindamente embrulhada para presente.
Curioso, e tanto decepcionado, o jovem abriu a caixa e encontrou uma BÍBLIA com rica encadernação de couro e seu nome gravado em ouro. Com raiva e gritando disse:
- Com todo o seu dinheiro, você me dá uma BÍBLIA?
E saiu bruscamente de casa.
Passaram-se muitos anos e o jovem transformou-se num bem sucedido homem de negócios.
Tinha bens, uma bonita casa e uma família maravilhosa.
Lembrou-se do pai e concluiu que ele estava muito velho e que talvez devesse ir vê-lo. Não tinha estado com ele desde o dia da formatura.
Enquanto se organizava para viajar, recebeu um telegrama comunicando-lhe que seu pai havia morrido, deixando toda sua herança para ele, seu filho único, e que precisava ir imediatamente até sua antiga casa tomar posse do que lhe havia sido legado.
Quando ele chegou em casa de seu pai, uma tristeza intensa e um grande arrependimento tomaram conta de seu coração.
Ele começou a olhar todos aqueles importantes papeis e viu a BÍBLIA, ainda nova, da mesma maneira que ele havia deixado muitos anos atrás.
Emocionado, com lágrimas nos olhos, abriu a BÍBLIA e começou a virar as páginas. Seu pai havia cuidadosamente sublinhado um versículo: MATEUS 7:11 "Se vós pois sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso pai, que estais no céu, dará bens aos que lho pedirem?"
Enquanto lia estas palavras, uma chave de carro caiu da BÍBLIA. Tinha uma etiqueta com o nome da concessionária, a mesma onde havia o tão desejado carro. Na etiqueta havia a data da formatura e as palavras "Pago a Vista".

"Quantas vezes perdemos as bênçãos de DEUS, só porque elas não estão na embalagem que desejamos?"


bom dia!

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

by Nelson Sudario 19-02-2018


Iniciar uma nova semana sempre nos traz a sensação de mais um recomeço, mais uma oportunidade de alcançar o sucesso, mais uma chance de ser feliz.

Chegam novos dias para concluir aquilo que ficou inacabado no passado e também para iniciar a semana já com alguma novidade.

Mais oportunidades de fazer o que é certo ou tentar consertar aqueles erros que ficaram arquivados.

Mas se uma semana não der para fazer tudo isso, não se preocupe, sempre haverá mais uma semana preparada para começar tudo de novo. Boa Semana!

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Teto de Vidro

Nem sempre a vida segue o curso que se deseja, que se espera.

Assim foi com Rachel.

Depois da morte de seus pais, ela, ainda bem moça, deixou a cidade em que nascera para morar na fazenda, com os tios que mal conhecia.

Moraria na casa que havia sido construída por seu bisavô, há muito tempo.

Era uma casa muito antiga e a maior parte de seus móveis eram peças pesadas e escuras que ali estavam há mais tempo do que as pessoas saberiam dizer.

Seus tios eram pessoas simples, acostumados com a vida que sempre viveram, desconfiados com tudo que pudesse alterar a rotina que lhes dava segurança.

A chegada de Rachel representou para eles um certo transtorno.

Onde ficaria instalada a menina?

Como não havia um cômodo mais apropriado, deram-lhe um quarto pequeno, que ficava no sótão.

Nem o tamanho reduzido, nem o cheiro de mofo incomodaram Rachel.

O que lhe entristecia naquele quartinho abafado era apenas o fato de não ter janelas.

Não se podia ver o sol, nem o céu, nem as árvores do quintal ou as flores do jardim.

A luz limitava-se a entrar timidamente pela porta.

A falta de claridade naquele quartinho parecia encher ainda mais de tristeza o coração dolorido da moça.

Até que um dia, depois de muito ter chorado em silêncio, Rachel, decidida a voltar a sorrir, pediu que lhe trouxessem da cidade uma telha de vidro.

Um pouco desconfiados, seus tios acabaram cedendo.

Daí, um milagre aconteceu.

Mesmo sem janelas o quarto de Rachel, antes tão sombrio, passou a ser a peça mais alegre da fazenda.

Tão claro que, ao meio-dia, aparecia uma renda de arabesco de sol nos ladrilhos vermelhos, que só a partir de então conheceram a luz do dia.

A lua branda e fria também se mostrava, às vezes, pelo clarão da telha milagrosa.

E algumas estrelas audaciosas arriscaram surgir no espelho onde a moça se penteava.

O quartinho que era feio e sem vida, fazendo os dias de Rachel cinzentos, frios, sem luar e sem clarão agora estava tão diferente.

Passou a ser cheio de claridade, luzes e brilho.

Rachel voltou a sorrir.

Toda essa mudança só porque um dia ela, insatisfeita com a própria tristeza, decidiu colocar uma telha de vidro no telhado daquela casa antiga, trazendo para dentro da sua vida a luz e a alegria que faltavam.

***

Muitas vezes, presos a hábitos antigos e em situações consolidadas, deixamos de lado verdades que nos fazem felizes.

Deixamos que a ausência de janelas em nossa vida escureça nossas perspectivas, enchendo de sombras o nosso sorriso e o nosso cotidiano.

Vamos nos acomodando, aceitando estruturas que sempre foram assim e que ninguém pensou em alterar, ou que não se atreveu a tanto.

Mudanças e reformas são necessárias e sadias.

Nem todas dão certo, ou surtem o efeito que desejaríamos, porém, cabe-nos avaliar a realidade em que nos encontramos e traçar metas para buscar as melhorias pretendidas.

Não podemos esquecer, porém, que em busca de nossos sonhos de felicidade não devemos simplesmente passar por cima do direito dos outros.

Nesse particular, cabe-nos lembrar a orientação sempre segura de Jesus, que devemos fazer aos outros aquilo que gostaríamos que nos fizessem.

sábado, 17 de fevereiro de 2018

By Nelson Sudario 17-02-2018

Como foi que você acordou hoje

Feliz como um passarinho, assoviando ou cantando uma canção?
Irritado e com dores pelo corpo pela noite mal dormida?
Dois momentos, duas situações que refletem 2 modos de vida diferente.
No primeiro caso, alguém com a certeza de que o dia será abençoado e maravilhoso, mesmo com os problemas que diariamente se apresentam.
O segundo, com a dúvida sobre a sua capacidade de resolver os problemas que estão se acumulando…
Troque a sua maneira de enxergar a vida, aquela mania de guardar rancor ou deixar para depois a resolução de um problema. Mergulhe de cabeça nas emoções, mostre para o mundo que você ama os seus, mas mostre principalmente para eles que esse amor existe.
Mostre-se confiante, mesmo que a confiança ainda venha lá atrás.
Mostre-se forte, mesmo que no fundo o medo ainda exista.
Mostre-se uma pessoa de fé e estenda a mão, mesmo que seu problema seja muito grande diante dos teus olhos, porque sempre haverá alguém com sofrimento ainda maior.
Mostre-se gentil para com todos, uma palavra é como chave que pode abrir ou fechar portas.
Mostre-se livre das farsas, não queira ser o que você não é, seja verdadeiramente simples.
Mostre-se sem medo de amar, de começar de novo, de levantar depois da queda, mostre para a vida que você é insistentemente capaz de ser feliz.
Não desista de seus sonhos por culpa disso, daquilo ou de alguém, para ser feliz, o que conta realmente é a sua determinação, por isso, mostre-se como você é, uma pessoa maravilhosa, capaz de superar-se a cada dia.
Eu acredito em você.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

O Caminho

 Um dia, um bezerro precisou atravessar a floresta virgem para voltar a seu pasto.

Sendo animal irracional, abriu uma trilha tortuosa, cheia de curvas, subindo e descendo colinas...

No dia seguinte, um cão que passava por ali, usou essa mesma trilha torta para atravessar a floresta.

Depois foi a vez de um carneiro, líder de um rebanho, que fez seus companheiros seguirem pela trilha torta.

Mais tarde, os homens começaram a usar esse caminho: entravam e saíam, viravam à direita, à esquerda,

abaixando-se, desviando-se de obstáculos, reclamando e praquejando, até com um pouco de razão...

Mas não faziam nada para mudar a trilha.

Depois de tanto uso, a trilha acabou virando uma estradinha onde os pobres animais se cansavam sob cargas pesadas, sendo obrigados a percorrer em três horas uma distância que poderia ser vencida em, no máximo, uma hora, caso a trilha não tivesse sido aberta por um bezerro.

Muitos anos se passaram e a estradinha tornou-se a rua principal de um vilarejo, e posteriormente a avenida principal de uma cidade.

Logo, a avenida transformou-se no centro de uma grande metrópole, e por ela passaram a transitar diariamente milhares de pessoas, seguindo a mesma trilha torta feita pelo bezerro... centenas de anos antes...

Os homens tem a tendência de seguir como cegos por trilhas feitas por pessoas inexperientes, e se esforçam de sol a sol a repetir o que os outros já fizeram.

Contudo, a velha e sábia floresta ria daquelas pessoas que percorriam aquela trilha, como se fosse um caminho único... Sem se atrever a mudá-lo.

Muitas vezes nos chamam de ousados , chatos , cri-cri , metidos , etc. pois temos ousado por caminhos novos, pois quando nos falam que devemos seguir aquele caminho pois todos estão indo por ali e não sentimos paz no coração , buscamos a resposta do alto , os conselhos de Deus e através dEle , por Ele e com Ele à nossa frente seguimos novos desafios. Sempre digo que não devemos ser cordeiros de homens ..............., mas cordeiros de Deus ........................

A propósito, qual é o seu caminho???

Você serve a quem???????????????


quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

SEJA COMO O
BAMBU.


  Depois de uma grande tempestade, o menino que estava passando férias na casa do seu avô, o chamou para a varanda e falou:
 vovô corre aqui! Explica-me como essa figueira, árvore frondosa e imensa, que precisava de quatro homens para balançar seu tronco se quebrou, caiu com o vento e com a chuva… este bambu é tão fraco e continua de pé?



 Filho, o bambu permanece em pé porque teve a humildade de se curvar na hora da tempestade. A figueira quis enfrentar o vento. O bambu nos ensina sete coisas. Se você tiver a grandeza e a humildade dele, vai experimentar o triunfo da paz em seu coração. A primeira verdade que o bambu nos ensina, e a mais importante, é a humildade diante dos problemas, das dificuldades. Eu não me curvo diante do problema e da dificuldade, mas diante daquele, o único, o princípio da paz, aquele que me chama, que é o senhor.



 Segunda verdade: o bambu cria raízes profundas. É muito difícil arrancar um bambu, pois o que ele tem para cima ele tem para baixo também. Você precisa aprofundar a cada dia suas raízes em deus na oração.



 Terceira verdade: você já viu um pé de bambu sozinho? Apenas quando é novo, mas antes de crescer ele permite que nasça outros a seu lado (como no cooperativismo). Sabe que vai precisar deles. Eles estão sempre grudados uns nos outros, tanto que de longe parecem com uma árvore. Às vezes tentamos arrancar um bambu lá de dentro, cortamos e não conseguimos. Os animais mais frágeis vivem em bandos, para que desse modo se livrem dos predadores.



A quarta verdade que o bambu nos ensina é não criar galhos. Como tem a meta no alto e vive em moita, comunidade, o bambu não se permite criar galhos. Nós perdemos muito tempo na vida tentando proteger nossos galhos, coisas insignificantes que damos um valor inestimável. Para ganhar, é preciso perder tudo aquilo que nos impede de subirmos suavemente.



A quinta verdade é que o bambu é cheio de “nós” (e não de eu’s). Como ele é oco, sabe que se crescesse sem nós seria muito fraco. Os nós são os problemas e as dificuldades que superamos. Os nós são as pessoas que nos ajudam, aqueles que estão próximos e acabam sendo força nos momentos difíceis. Não devemos pedir a deus que nos afaste dos problemas e dos sofrimentos. Eles são nossos melhores professores, se soubermos aprender com eles.



A sexta verdade é que o bambu é oco, vazio de si mesmo. Enquanto não nos esvaziarmos de tudo aquilo que nos preenche, que rouba nosso tempo, que tira nossa paz, não seremos felizes. Ser oco significa estar pronto para ser cheio do espírito santo.
Por fim, a sétima lição que o bambu nos dá é exatamente o título do livro: ele só cresce para o alto. Ele busca as coisas do alto. Essa é a sua meta.

Seja como o bambu... Ele verga mais não quebra...





quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

O Relógio

O colégio onde eu estudava quando menina costumava encerrar o ano letivo com um espetáculo teatral. Eu adorava aquilo, porém nunca fora convidada para participar, o que me trazia uma secreta mágoa. Quando fiz onze anos avisaram-me que, finalmente teria um papel para representar.

Fiquei felicíssima, mas esse estado de espírito durou pouco. Escolheram uma colega minha para o desempenho do papel principal. A mim coube uma ponta de pouca importância. Minha decepção foi imensa. Voltei para casa em prantos.

Mamãe quis saber o que se passava e ouviu toda a minha história entre lágrimas e soluços. Sem nada dizer ela foi buscar o bonito relógio de bolso de papai e colocou-o em minhas mãos, dizendo:
- Que é isso que você está vendo?
- Um relógio com mostrador e ponteiros.
Em seguida mamãe abriu a parte traseira do relógio e repetiu a pergunta:
- O que você está vendo?
- Ora mamãe, aí dentro parece haver centenas de engrenagens e parafusos.
Mamãe me surpreendia, pois aquilo nada tinha a ver com o motivo do meu aborrecimento. Entretanto, calmamente ela prosseguiu:
- Este relógio tão bonito e tão necessário ao seu pai, seria absolutamente inútil se nele faltasse qualquer parte, mesmo a mais insignificante dessas engrenagens ou o menor dos parafusos.

Mantive os meus olhos no seu olhar calmo e amoroso, eu compreendi sem que ela precisasse dizer mais nada.

Essa pequena lição tem me ajudado muito a ser mais feliz na vida. Aprendi com a máquina daquele relógio quão essencial são mesmo os deveres mais ingratos e difíceis.
E assim também deve ser conosco! Não importa o cargo que você ocupa no seu serviço você é ESSENCIAL! Nossa vida é como um quebra cabeça e somos como as peças, cada um tem sua importância!
O mais importante é que o trabalho, em conjunto, seja para o bem de todos. E percebi também que se o esforço tiver êxito, o que menos importa são os aplausos exteriores!

Bom dia!

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

O Poço e a pedra

Um monge peregrino caminhava por uma estrada quando, do meio da relva alta, surgiu um homem jovem de grande estatura e com olhos muito tristes. Assustado com aquele aparecimento inesperado, o monge parou e perguntou se poderia fazer algo por ele. O homem abaixou os olhos e murmurou envergonhado:

- "Sou um criminoso, um ladrão. Perdi o afeto de meus pais e dos meus amigos. Como quem afunda na lama, tenho praticado crime após crime. Tenho medo do futuro e não sinto sossego por nenhum instante. Vejo que o senhor é um monge, livre-me então desse sofrimento, dessa angústia!" - pediu ajoelhando-se.

O monge, que ouvira tudo em silêncio, fitou os olhos daquele homem e alguns instantes depois disse:

- "Estou com muita sede. Há alguma fonte por aqui?"
Com expressão de surpresa pela repentina pergunta, o jovem respondeu:
"Sim, há um poço logo ali, porém nele não há roldana, nem balde. Tenho aqui, no entanto, uma corda que posso amarrar na sua cintura e descê-lo para dentro do poço. O senhor poderá tomar água até se saciar. Quando estiver satisfeito, avise-me que eu o puxarei para cima."

O monge sorrindo aceitou a idéia e logo em seguida encontrava-se dentro do poço. Pouco depois, veio a voz do monge: "pode puxar!"
O homem deu um puxão na corda empregando grande força, mas nada do monge subir. Era estranho, pois parecia que a corda estava mais pesada agora do que no início.
Depois de inúteis tentativas para fazer com que o monge subisse, o homem esticou o pescoço pela borda, observou a semi-escuridão do interior do poço para ver o que se passava lá no fundo. Qual não foi sua surpresa ao ver o monge firmemente agarrado a uma grande pedra que havia na lateral. Por um momento ficou mudo de espanto, para logo em seguida gritar zangado:

- "Ei, que é isso? O que faz o senhor aí? Pare já com essa brincadeira boba! Está escurecendo, logo será noite. Vamos, largue essa rocha para que eu possa içá-lo".

De lá de dentro o monge pediu calma ao rapaz, explicando:

- "Você é grande e forte, mas mesmo com toda essa força não consegue me puxar se eu ficar assim agarrado a esta pedra. É exatamente isso que está acontecendo com você. Você se considera um criminoso, um ladrão, uma pessoa que não merece o amor e o afeto de ninguém. Encontra-se firmemente agarrado a essas idéias. Desse jeito, mesmo que eu ou qualquer outra pessoa faça grande esforço para reerguê-lo, não vai adiantar nada".

Tudo depende de você. Somente você pode resolver se vai continuar agarrado ou se vai se soltar. Se quer realmente mudar, é necessário que se desprenda dessas idéias negativas que o vêm mantendo no fundo do poço. “Desprenda-se e liberte-se”.

Bom dia!

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

A Catadora de Vidro.

Uma família de cinco pessoas estava passeando um dia na praia.

As crianças estavam tomando banho de mar e fazendo castelos na areia, quando, ao longe, apareceu uma velhinha.

Seu cabelo grisalho esvoaçava ao vento e suas roupas eram sujas e esfarrapadas. Resmungava qualquer coisa, enquanto apanhava coisas da praia e as colocava em um saco.

Os pais chamaram as crianças e lhes disseram para ficar longe da velha.

Quando esta passou, curvando-se de vez em quando para apanhar coisas, sorriu para a família, mas seu cumprimento não foi correspondido.

Muitas semanas mais tarde, souberam que a velhinha dedicara a vida ...à cruzada de apanhar caquinhos de vidro da praia para que as crianças não cortassem os pés.


Em nossas vidas é assim...algumas pessoas passam a vida
inteira nos protegendo sem que saibamos... por que não desejarmos ao menos um BOM DIA ou um OBRIGADO!



Lembre-se: São as pequenas coisas que fazem toda a diferença.


domingo, 11 de fevereiro de 2018

Confie em você!

Existe uma história muito, muito antiga, do tempo dos cavaleiros em brilhantes armaduras, sobre um jovem comum que tinha medo de testar sua habilidade com as armas, no torneio local. Certo dia, seus amigos quiseram fazer uma brincadeira com ele e lhe deram de presente uma espada, dizendo que tinha um poder mágico muito antigo. O homem que a empunhasse jamais seria derrotado em combate.
Para surpresa deles, o jovem correu para o torneio e pôs em uso o presente, ganhando todos os embates. Ninguém jamais vira tanta velocidade e ousadia na espada. A cada torneio, a notícia de sua maestria se espalhava, e não tardou a ser ovacionado como o primeiro cavaleiro do reino.
Por fim, achando que não faria mal nenhum, um dos seus amigos revelou a brincadeira, confessando que o instrumento não tinha nada de mágico, era só uma espada comum. Imediatamente o jovem cavaleiro foi dominado pelo terror. De pé na extremidade da área de combate, as pernas tremeram, a respiração ficou presa na garganta e os dedos perderam a força.
Incapaz de continuar acreditando na espada, ele já não acreditava mais em si mesmo. E nunca mais competiu...

Esta pequena história mostra como é importante manter a confiança em nós mesmos. Isto faz toda a diferença. Nunca deixe de acreditar em si mesmo. A magia está em nós, não em algo externo...Não faça como aquele jovem cavaleiro... Acredite em você e em seu potencial! Sempre!

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Antes

Jesus estava em casa. A poucos metros da praia.
As pessoas, ávidas por ensino alguns e por milagres a maioria, chegavam de barco, a pé ou montados.
A cena se repetia. Sem os meios de comunicação de hoje, as notícias logo se espalhavam.
Ele estava pregando. Em Cafarnaum.
Do lado de fora, um paralítico quis chegar até ele. Impossível. A passagem estava impedida, tantas as pessoas dentro da casa e à porta.
O homem ficou desolado.
Aparece outro homem:
-- Só tem um jeito, amigo: entrar pelo teto.
-- Você acha que dá?
-- Acho. Se você chegar perto dele, Jesus vai lhe curar. Vamos tentar?
-- Claro: vamos!
O homem retornou com mais três amigos. Um subiu e fez, com as mãos, um buraco no teto estucado. Os outros três fizeram o homem subir. Um segundo subiu também e os dois desceram o homem na maca, como se praticassem rapel, à frente de Jesus.
Jesus se importou.
-- Levante-se. Pegue a sua maca e vá para casa.
A transformação acontece quando acreditamos que Deus é capaz nos erguer, mesmo que estejamos na vala.
A transformação acontece quando, ouvindo a voz de Deus para nos levantar, acreditamos que podemos nos levantar.

Então, nos levantamos

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

A Palavra Que Faltava

Havia uma mulher que amava as palavras. Desde a meninice, elas exerciam sobre ela um grande fascínio.

Talvez por isso ela tenha aprendido a ler muito cedo. Desejava decifrar aqueles sinais que preenchiam as páginas do jornal.

Gostava de apreciar a sonoridade das palavras. Umas suaves, outras mais agressivas. E de aprender o significado de cada uma delas.

Encantava-se em saber que as palavras têm o poder de representar o pensamento humano e estabelecer a comunicação entre as pessoas.

Descobriu que existem palavras doces e perfumadas, como flor, carinho, amizade, maçã. Outras, tristes e angustiantes como lágrima, distância, saudade. Algumas dolorosas como crime, fome, abandono, guerra.

Algumas alegres e descontraídas, como primavera, natureza, criança.

Verificou que existem palavras que soam como uma sentença de morte, como câncer. Dá para imaginar o impacto que esse vocábulo é capaz de causar nos ouvidos de quem a ouve?

Um dia, no entanto, ela ouviu dos lábios do médico que acabara de examinar com muito cuidado uns raios-x, esta palavra e a achou muito feia.

Num momento, a paisagem se modificou, pareceu-lhe não haver mais luz, embora ainda fosse dia. O sangue lhe sumiu das faces, dando lugar a um suor gélido.

O coração tentou fugir a galope. Ela se lembrou de que, tempos atrás, fora convocada para uma batalha pela vida. Agora, outra vez lhe competia empreender a luta pela vida.

Fruto da ignorância, o medo, sempre oportunista, se instalou e a insegurança a dominou. O especialista foi lhe afirmando que havia muitas chances de melhora, graças às mais recentes conquistas da medicina.

Mas ela nem conseguia mais prestar atenção. A voz do médico parecia distante. O cérebro dela desenhava paisagens sombrias, comprometendo o equilíbrio.

De volta ao lar, um tanto mais calma, talvez inspirada por benfeitores invisíveis, ela se lembrou de orar. Preparou sua alma para entrar em contato com Jesus e lhe rogar as forças necessárias.

Enquanto orava, pareceu ver o azul do firmamento, num cair de tarde, começando a salpicar de estrelas. Dele se destacou uma luz radiante, abrangendo todo o espaço ao seu redor.

Alguém, de olhar sereno e sorriso cativante lhe estendeu os braços. Caminhou em sua direção e um delicado perfume a envolveu.

Ela se sentiu aconchegar de encontro ao peito daquela criatura tão serena, como se fosse uma criança amedrontada.

Uma nova energia invadiu todo o seu ser e, então, como um canto divino ela ouviu dentro d’alma a voz melodiosa do mensageiro:

Filha, por que choras? Entre todas as palavras que admiras, esqueceste a mais importante, a mais poderosa.

Ela se atreveu a perguntar: e que palavra eu esqueci, Senhor?

Ele se afastou um pouco, tomou o rosto dela entre suas mãos e olhando-a com doce ternura, respondeu: a palavra é fé!

***

Fé é a mola propulsora que permite superar óbices e vencer obstáculos.

Fé é força motriz da alma que, assim alimentada, vence os percalços e avança, vitoriosa.

Por esta razão é que o Mestre de Nazaré ensinou, um dia: se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a esta montanha: move-te daqui para lá e ela se moverá.

E a montanha que todos precisamos mover para avançar na estrada da vida, chama-se dificuldade.


Pense nisso.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018


Vamos refletir!!


As sandálias do discípulo fizeram um barulho especial nos degraus da escada de pedra que levavam aos porões do velho convento.

Era naquele local que vivia um homem muito sábio. O jovem empurrou a pesada porta de madeira, entrou e demorou um pouco para acostumar os olhos com a pouca luminosidade.

Finalmente, ele localizou o ancião sentado atrás de uma enorme escrivaninha, tendo um capuz a lhe cobrir parte do rosto. De forma estranha, apesar do escuro, ele fazia anotações num grande livro, tão velho quanto ele.

O discípulo se aproximou com respeito e perguntou, ansioso pela resposta:

- Mestre, qual o sentido da vida?

O idoso monge permaneceu em silêncio. Apenas apontou um pedaço de pano, um trapo grosseiro no chão junto à parede. Depois apontou seu indicador magro para o alto, para o vidro da janela, cheio de poeira e teias de aranha.

Mais do que depressa, o discípulo pegou o pano, subiu em algumas prateleiras de uma pesada estante forrada de livros. Conseguiu alcançar a vidraça, começou a esfregá-la com força, retirando a sujeira que impedia a transparência.

O sol inundou o aposento e iluminou com sua luz estranhos objetos, instrumentos raros, dezenas de papiros e pergaminhos com misteriosas anotações.

Cheio de alegria, o jovem declarou:

- Entendi, mestre. Devemos nos livrar de tudo aquilo que não permita o nosso aprendizado. Buscar retirar o pó dos preconceitos e as teias das opiniões que impedem que a luz do conhecimento nos atinja. Só então poderemos enxergar as coisas com mais nitidez.

Fez uma reverência e saiu do aposento, a fim de comunicar aos seus amigos o que aprendera.

O velho monge, de rosto enrugado e ainda encoberto pelo largo capuz, sentiu os raios quentes do sol a invadir o quarto com uma claridade a que se desacostumara. Viu o discípulo se afastando, sorriu levemente e falou:

- Mais importante do que aquilo que alguém mostra é o que o outro enxerga. Afinal, eu só queria que ele colocasse o pano no lugar de onde caiu.

Queridos amigos!! Muitas vezes precisamos ouvir ou receber um simples gesto para enxergar o que nós mesmos sabíamos. Faça essa reflexão em sua vida e lembre-se também que muitas vezes nem sempre o que mostramos é o que o outro enxerga, essa também é uma reflexão importante. Mas o que fica de muito relevante é que precisamos refletir de tempos em tempos o que podemos limpar e está atrapalhando nossas vidas. O sentido da vida somos nos quem traçamos.


Um forte abraço!!!

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

O CESTO E A ÁGUA

 Dizem que isto aconteceu em um mosteiro chinês muito tempo atrás.

Um discípulo chegou para seu mestre e perguntou:

- Mestre, por que devemos ler e decorar a Palavra de Deus se nós não conseguimos memorizar tudo e com o tempo acabamos esquecendo? Somos obrigados a constantemente decorar de novo o que já esquecemos.

O mestre não respondeu imediatamente ao seu discípulo. Ele ficou olhando para o horizonte por alguns minutos e depois ordenou ao discípulo:

- Pegue aquele cesto de junco, desça até o riacho, encha o cesto de água e traga até aqui.

O discípulo olhou para o cesto sujo e achou muito estranha a ordem do mestre, mas, mesmo assim, obedeceu. Pegou o cesto, desceu os cem degraus da escadaria do mosteiro até o riacho, encheu o cesto de água e começou a subir de volta. Como o cesto era todo cheio de furos, a água foi escorrendo e quando chegou até o mestre já não restava nada.

O mestre perguntou-lhe:

- Então, meu filho, o que você aprendeu?

O discípulo olhou para o cesto vazio e disse, jocosamente:

- Aprendi que cesto de junco não segura água.

O mestre ordenou-lhe que repetisse o processo de novo. Quando o discípulo voltou com o cesto vazio novamente, o mestre perguntou-lhe:

- Então, meu filho, e agora, o que você aprendeu?

O discípulo novamente respondeu com sarcasmo:

- Que cesto furado não segura água.

O mestre, então, continuou ordenando que o discípulo repetisse a tarefa. Depois da décima vez, o discípulo estava desesperadamente exausto de  tanto descer e subir as escadarias. Porém, quando o mestre lhe perguntou de novo:

- Então, meu filho, o que você aprendeu?

O discípulo, olhando para dentro do cesto, percebeu admirado:

- O cesto está limpo! Apesar de não segurar a água, a repetição constante de encher o cesto acabou por lavá-lo e deixá-lo limpo.

O mestre, por fim, concluiu:

- Não importa que você não consiga decorar todas as passagens da Bíblia que você lê, o que importa, na verdade, é que no processo a sua mente e a sua vida ficam limpas diante de Deus.




Bom dia!

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Pétalas e Espinhos

 A um homem, quando nasceu, foi lhe dado uma cesta de
pétalas de rosas e uma cesta de espinhos.

E lá foi o homem pela sua vida caminhando.
De vez em quando ele era um bom homem atencioso com a família

Ajudava as pessoas que o procurava necessitada e com isso ele jogava uma das tantas pétalas que lhe foi dada. Apesar das qualidades deste homem ele também era muito arrogante, encrenqueiro, batia nos filhos, e isso acontecia com muita freqüência, com isso ele muitas e muitas vezes jogava espinhos...

E lá foi o homem caminhando, jogando poucas pétalas de
rosas e muitos espinhos ao chão...

Quando chegou no fim da sua vida, a cesta de pétalas de rosas estava praticamente cheia, enquanto a de espinhos estava quase vazia e diante de Jesus perguntou:

- Jesus, aqui estou, já terminei a minha missão, o que faço agora?

E Jesus com os olhos fixos naquele homem, respondeu-lhe:
- E agora, meu filho, volte pelo mesmo caminho que você veio. Mas jogue apenas as pétalas de rosas,

Espalhe amor e alegria pela sua vida, tratando bem o seu semelhante e Todos os seres existentes nesta terra, pois, certamente, se não o fizer, sofrerás mais tarde com a dor dos espinhos nos seus pés.

Uma ótima semana ! Que você encontre o seu
caminho livre dos espinhos...e que a paz faça
tua alegria  ser ainda mais contagiante...

E lembre-se de espalhar as rosas por cima dos espinhos para que eles não te machuquem!

Bom dia!!!



domingo, 4 de fevereiro de 2018

Não espere acontecer

Era uma vez um rei que possuía larga extensão de terras.

Habituado a caminhar pelo seu reino, certa ocasião o soberano irritou-se com a aspereza do solo que lhe feria os pés.

Determinou que todas as estradas e todos os caminhos fossem cobertos por macios e belos tapetes.

Todos os súditos se empenharam em realizar a louca e difícil tarefa imposta pelo monarca.

Passaram-se alguns anos sem que o trabalho pudesse ser concluído.

Um dia, o exigente soberano, tomado por uma febre violenta, acabou morrendo sem ver seu desejo realizar-se.

Um velho sábio, ao tomar conhecimento daquela estranha história, comentou: "pobre rei!

Morreu sem concretizar seu sonho e sem saber o quão fácil isso poderia ter sido!"

Ante a surpresa e a discordância manifestada por aqueles que o ouviam, esclareceu: "se o rei não queria ferir-se com a aspereza dos solos, bastaria que cortasse dois pedacinhos de tapete e os colasse na sola de seus próprios pés. Se assim tivesse agido, para ele, todo o seu reino seria acarpetado."

Críticos sagazes, somos hábeis em tecer comentários cruéis a respeito de pessoas e de situações.

Somos ágeis em relacionar o que não nos agrada nos mais diversos lugares e ambientes.

Temos olhos de águia para criticar e condenar.

Estabelecemos listas infindáveis de coisas a serem melhoradas e corrigidas pelos outros.

Temos a convicção de que "se não fosse pelos erros dos outros o mundo poderia ser muito melhor."

Agimos como se fôssemos meros espectadores e como se não nos coubesse qualquer responsabilidade perante a vida.

Esperamos que as coisas se resolvam por si só, ou ainda, que as outras pessoas façam algo por nós.

Queremos um mundo onde as estradas sejam acarpetadas para garantir maciez aos nossos pés.

Mas, esperamos que os outros cubram nossos caminhos com belos e ricos tapetes.

Delegamos ao resto da humanidade a responsabilidade por toda a nossa desdita e pela nossa ventura.

Em virtude disso, vemo-nos destinados a reclamar infinitamente pela não realização de nossos sonhos.

Sonhos esses que teriam grandes chances de se concretizar se nos dispuséssemos a fazer a parte que nos cabe.

Não aguardemos pela iniciativa dos que nos cercam na realização do que a todos compete efetuar.

Quem cruza os braços em função da inércia alheia, confunde-se na multidão dos que nada fazem.

Responsabilizar os outros não produz nada de útil.

Apontar equívocos alheios não nos autoriza a ignorar os nossos próprios.

Ser capaz de reclamar não nos aprimora, nem garante a correção das falhas que apuramos.

Abandonemos a acomodação que há tanto nos acompanha e livremo-nos das garras da preguiça que nos alicia.

Tenhamos disposição para fazer o que nosso conhecimento e nossa capacidade nos permitem.

Pouco a pouco, a gota corrompe a pedra.

O raio de luz vence a escuridão.

O vento move a montanha e esculpe as rochas.

Demonstra a natureza que cada qual detém a possibilidade de alterar o que parece imutável.

Cada um, singela e constantemente agindo, pode marcar a face da história e transformar o rumo da vida.

Atos simples que não exigirão heroísmo, nem bravura, de nenhum de nós.

Atos cotidianos e aparentemente banais, mas que, em verdade, integram a missão individual de cada um perante Deus.

Pensemos nisso.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

A RATOEIRA

Um rato olhando pelo buraco na parede vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo em que tipo de comida poderia ter ali. Ficou aterrorizado quando descobriu que era uma ratoeira. Foi para o pátio da fazenda advertindo a todos:
- Tem uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa.

A galinha, que estava cacarejando e ciscando, levantou a cabeça e disse:
- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que é um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.

O rato foi até o cordeiro e disse a ele:
- Tem uma ratoeira na casa, uma ratoeira.

- Desculpe-me Sr. Rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar. Fique tranqüilo que o senhor será lembrado nas minhas preces.

O rato dirigiu-se então à vaca.

Ela disse:
- O que Sr. Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!

Então o rato voltou para a casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro.

Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não viu que a ratoeira pegou a cauda de uma cobra venenosa. A cobra picou a mulher.

O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre.

Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal - a galinha.

Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los o fazendeiro matou o cordeiro.

A mulher não melhorou e acabou morrendo.

Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca para alimentar todo aquele povo.


Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito lembre-se que, quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco.