sexta-feira, 31 de março de 2017



Você vale mais que isto!
  
Certa vez uma menina de oito anos estava passeando pelo shopping, próximo da sua casa, com algumas amigas. Viu um dinheiro sobre o balcão de uma loja e pegou-o.

A balconista viu e chamou-a de ladra. Segurou-a pelo braço e a levou até seus pais.

A menina estava aos prantos, e os pais ficaram desesperados com a situação.

Algumas pessoas mais próximas esperavam que os pais batessem e punissem a filha, mas os pais desejavam educá-la para a vida e mostrar-lhe o quanto a amavam.

Chegando em casa, os pais fizeram algo inusitado. Deram à garota o dobro do valor que ela havia furtado e lhe disseram que ela era muito mais importante para eles do que todo o dinheiro do mundo.

Explicaram que a honestidade e a dignidade não têm preço, pois nem mesmo toda a riqueza do mundo vale mais que essas virtudes.

A sabedoria dos pais transformou uma situação crítica em um momento mágico de educação, de extrema beleza, e a menina jamais esqueceu aquela lição.

Os pais valorizaram mais a filha do que o seu erro. E isto fez a diferença.

Em vez de punição, educação. Em vez de condenação, perdão. Em vez de agressividade, diálogo. Em vez de rigor, amor.

Os pais, embora muitas vezes bem intencionados, perdem inúmeras oportunidades de educar os filhos com sabedoria e usam um rigor que afasta e infelicita.

Valorizam demais os erros e não se dão conta de que o filho pede orientação e carinho e não punição e condenação.

São os filhos mais difíceis que testam a nossa capacidade de amar e educar.

Muitas vezes os filhos têm atitudes que parecem ter o propósito de nos tirar do sério, de nos irritar, mas quando penetramos nos seus motivos, percebemos que a intenção é bem outra.

O que geralmente acontece é que não analisamos bem a situação inesperada e somos precipitados nas reações, causando dor, sofrimento, e abrimos um enorme precipício entre nós e nossos filhos.

É importante levar em conta que nossos filhos são espíritos em busca de aperfeiçoamento e que são perfectíveis.

Muitos são náufragos em busca de um porto seguro, que nossos braços podem lhes ofertar, em nome do amor.

Se você deseja, com toda sinceridade, semear no solo fértil do coração do seu filho, as sementes de felicidade e esperança, penetre no seu mundo íntimo através do diálogo.

Estenda a ponte da compreensão, da tolerância, do perdão, da doçura, do afeto.

Não existe barreira capaz de se contrapor à força do amor em ação.

Pense nisso, e dê os passos necessários para chegar perto, bem perto mesmo, do seu filho problemático, mas extremamente carente de ternura.

***

Mais importante do que passar regras e exigir que seus filhos as cumpram, é estar junto deles, dialogar com seriedade, saber dos seus reais sentimentos e intenções.


Somente quem conhece a fundo o seu educando, pode ajudá-lo na difícil arte de viver, e viver com dignidade.

quinta-feira, 30 de março de 2017



O garoto das meias vermelhas


Ele era um garoto triste. Procurava estudar muito. Na hora do recreio ficava afastado dos colegas, como se estivesse procurando alguma coisa.

Todos os outros meninos zombavam dele, por causa das suas meias vermelhas.

Um dia, o cercaram e lhe perguntaram porque ele só usava meias vermelhas. Ele falou, com simplicidade: No ano passado, quando fiz aniversário, minha mãe me levou ao circo.

Colocou em mim essas meias vermelhas. Eu reclamei. Comecei a chorar. Disse que todo mundo iria rir de mim, por causa das meias vermelhas.

Mas ela disse que tinha um motivo muito forte para me colocar as meias vermelhas. Disse que se eu me perdesse, bastaria ela olhar para o chão e quando visse um menino de meias vermelhas, saberia que o filho era dela.

Ora, disseram os garotos, mas você não está num circo. Por que não tira essas meias vermelhas e as joga fora?

O menino das meias vermelhas olhou para os próprios pés, talvez para disfarçar o olhar lacrimoso e explicou: É que a minha mãe abandonou a nossa casa e foi embora. Por isso, eu continuo usando essas meias vermelhas. Quando ela passar por mim, em qualquer lugar em que eu esteja, ela vai me encontrar e me levará com ela.

Muitas almas existem, na Terra, solitárias e tristes, chorando um amor que se foi. Colocam meias vermelhas, na expectativa de que alguém as identifique, em meio à multidão, e as leve para a intimidade do próprio coração.

São crianças, cujos pais as deixaram, um dia, em braços alheios, enquanto eles mesmos se lançaram à procura de tesouros, nem sempre reais.

Lesadas em sua afetividade, vivem cada dia à espera do retorno dos amores, ou de alguém que lhes chegue e as aconchegue.

Têm sede de carinho e fome de afeto. Trazem o olhar triste de quem se encontra sozinho e anseia por ternura.

São idosos recolhidos a lares e asilos, às dezenas. Ficam sentados em suas cadeiras, tomando sol, as pernas estendidas, aguardando que alguém identifique as meias vermelhas.

Aguardam gestos de carinho, atenções pequenas. Marcam no calendário, para não se perderem, a data da próxima visita, do aniversário, da festividade especial.

Aguardam...

São homens e mulheres que se levantam todos os dias, saem de casa, andam pelas ruas, sempre à espera de que alguém que partiu, retorne.

Que o filho que tomou o rumo do mundo e não mais escreveu, nem deu notícia alguma, volte ao lar.

São namorados, noivos, esposos que viram o outro sair de casa, um dia, e esperam o retorno.

Almas solitárias. Lesadas na afetividade. Carentes.

* * *

O amor, sem dúvida, é lei da vida. Ninguém no mundo pode medir a resistência de um coração quando abandonado por outro.

E nem pode aquilatar da qualidade das reações que virão daqueles que emurchecem aos poucos, na dor da afeição incompreendida.

Todos devemos respeito uns aos outros. Somos responsáveis pelos que cativamos ou nos confiam seus corações.

Se alguém estiver usando meias vermelhas, por nossa causa, pensemos se este não é o momento de recompor o que se encontra destroçado, trabalhando a terra do nosso coração.


Pensemos nisso!

quarta-feira, 29 de março de 2017



UMA HISTÓRIA FANTÁSTICA


Dois homens, ambos gravemente doentes, estavam no mesmo quarto de hospital. Um deles podia sentar-se na sua cama durante uma hora, todas as tardes, para que os fluidos circulassem nos seus pulmões. Sua cama estava junto da única janela do quarto. O outro homem tinha de ficar sempre deitado de costas. Os homens conversavam horas a fio. Falavam das suas mulheres e famílias, das suas casas, dos seus empregos, onde tinham passado as férias...E todas as tardes, quando o homem da cama perto da janela se sentava, ele passava o tempo a descrever ao seu companheiro de quarto todas as coisas que ele conseguia ver do lado de fora da janela.

O homem da cama do lado começou a viver à espera desses períodos de uma hora, em que o seu mundo era alargado e animado por toda a atividade e cor do mundo do lado de fora da janela. A janela dava para um parque com um lindo lago. Patos e cisnes chapinhavam na água enquanto as crianças brincavam com os seus barquinhos. Jovens namorados caminhavam de braços dados por entre as flores de todas as cores do arco-íris. Árvores velhas e enormes acariciavam a paisagem e uma tênue vista da silhueta da cidade podia ser vista no horizonte. Enquanto o homem da cama perto da janela descrevia isto tudo com extraordinário pormenor, o homem no outro lado do quarto fechava os seus olhos e imaginava a pitoresca cena.

Um dia, o homem perto da janela descreveu um desfile que ia a passar. Embora o outro homem não conseguisse ouvir a banda, ele conseguia vê-la e ouvi-la na sua mente, enquanto o outro senhor a retratava através de palavras bastante descritivas. Dias e semanas passaram. Uma manhã, a enfermeira chegou ao quarto trazendo água para os seus banhos, e encontrou o corpo sem vida do homem perto da janela, que tinha falecido calmamente enquanto dormia. Ela ficou muito triste e chamou os funcionários do hospital para que levassem o corpo. Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem perguntou se podia ser colocado na cama perto da janela. A enfermeira disse logo que sim e fez a troca.

Depois de se certificar de que o homem estava bem instalado, a enfermeira deixou o quarto. Lentamente, e cheio de dores, o homem ergueu-se, apoiado no cotovelo, para contemplar o mundo lá fora. Fez um grande esforço e lentamente olhou para o lado de fora da janela que dava, afinal, para uma parede de tijolos!

O homem perguntou à enfermeira o que teria feito com que o seu falecido companheiro de quarto lhe tivesse descrito coisas tão maravilhosas do lado de fora da janela. A enfermeira respondeu que o homem era cego e nem sequer conseguia ver a parede.

- Talvez ele quisesse apenas dar-lhe coragem... disse a enfermeira..


Moral da História:

Há uma felicidade tremenda em fazer os outros felizes, apesar dos nossos próprios problemas. A dor partilhada é metade da tristeza, mas a felicidade, quando partilhada, é dobrada. Se queres te sentir rico, conta todas as coisas que tens que o dinheiro não pode comprar.


”O dia de hoje é uma dádiva, por isso é que o chamam de presente.

terça-feira, 28 de março de 2017

As estrelas do mar


Certo dia, um escritor que costumava caminhar pela praia em busca de inspiração observou, ao longe, algo a se movimentar.

Continuou andando na direção daquela sombra até aproximar-se o bastante para perceber que se tratava de um homem.

Quando chegou mais perto notou que ele juntava as estrelas do mar, que haviam ficado presas na areia quente da praia, e as devolvia ao mar.

Só então ele se deu conta de que havia muitas estrelas do mar espalhadas pela praia.

Espantado disse ao homem: Você não percebe que há muitas estrelas do mar por aí? Seu esforço não vale a pena.

Mesmo que você trabalhe vários dias seguidos não conseguiria salvar todas elas. Então, que diferença faz?

O homem, que ainda não havia parado para lhe dar atenção, pegou uma estrela do mar, ergueu-a e, mostrando-a ao escritor disse: Para esta eu fiz diferença.

E, jogando-a ao mar, continuou sua empreitada.

O escritor observou aquele homem por mais alguns instantes e chegou à conclusão de que havia encontrado, naquele gesto simples e desinteressado de um anônimo, a inspiração que buscava.

* * *

Quando nos parecer que um pequeno gesto nobre de nossa parte não faz diferença, lembremo-nos desta singela história.

Pensemos que um único sorriso pode fazer muita diferença para alguém que se encontra desalentado.

Uma palavra de otimismo fará diferença para quem está desesperado.

Um exemplo nobre junto aos filhos, aos familiares, aos amigos, ou àqueles que nos observam de perto, pode fazer muita diferença.

A cada instante nós perdemos excelentes oportunidades de ser gentil, de perdoar, de agir com delicadeza, de ser honesto, sincero, de calar uma ofensa.

E isso tudo, no cômputo geral, faz grande diferença.

Recentemente, lemos a notícia de que é preciso resgatar os valores simples para evitar os males atuais que são a depressão, a ansiedade, o desalento, entre outros.

Essa foi a conclusão a que chegaram os psiquiatras que participaram de um Congresso de Psiquiatria Clínica.

A tão falada e útil globalização, a grande quantidade de informações que chega a cada instante, a disputa pelo poder, a competição desonesta, faz com que nos esqueçamos de ser gente.

Parece mesmo que estamos nos tornando máquinas automatizadas, incapazes de olhar para quem está ao nosso lado, senão como um ferrenho concorrente ou um adversário pertinaz.

Se todos nós repensássemos valores e nos lembrássemos de que somos seres criados para viver em sociedade e que, acima de tudo somos Espíritos imortais, filhos do mesmo Pai, talvez sofrêssemos menos.

E isso faria diferença.

* * *

Quando percebermos alguém preso nas areias quentes da solidão...

Quando notarmos alguém se debatendo no mar revolto do sofrimento...

Lembremos que todos somos estrelas do Universo, colocadas lado a lado, pelo Criador, para crescermos juntos.

E como ensinou o Mestre de Nazaré, não sejamos estrelas apagadas, mas façamos brilhar a nossa luz onde quer que estejamos.

Só então perceberemos o quanto isso faz diferença.
MILHO DE PIPOCA

"Milho de pipoca que não passa pelo fogo Continua a ser milho para sempre."

Assim acontece com a gente.
As grandes transformações acontecem Quando passamos pelo fogo.

Quem não passa pelo fogo, fica do
Mesmo jeito a vida inteira.
São pessoas de uma mesmice e uma Dureza assombrosa.
Só que elas não percebem e acham que
Seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo.

O fogo é quando a vida nos lança numa Situação que nunca imaginamos: a dor.

Pode ser fogo de fora:
Perder um amor, perder um filho, o pai, a Mãe, perder o emprego ou ficar pobre.

Pode ser fogo de dentro:
Pânico, medo, ansiedade, depressão ou Sofrimento, cujas causas ignoramos.

Há sempre o recurso do remédio:
Apagar o fogo! Sem fogo o sofrimento Diminui. Com isso, a possibilidade da Grande transformação também.

Imagino que a pobre pipoca, fechada Dentro da panela, lá dentro cada vez
Mais quente, pensa que sua hora chegou: Vai morrer. Dentro de sua casca dura, Fechada em si mesma, ela não pode Imaginar um destino diferente para si.

Não pode imaginar a transformação que Está sendo preparada para ela.
A Pipoca não imagina aquilo de que ela é Capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder
Do fogo a grande transformação acontece:
BUM!

E ela aparece como uma outra coisa Completamente diferente, algo que ela Mesma nunca havia sonhado.
Bom, mas ainda temos o piruá, que é o Milho de Pipoca que se recusa a estourar.

São como aquelas pessoas que, por mais Que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir
 Coisa mais maravilhosa do que o jeito Delas serem.
A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura.
No entanto, o destino delas é triste, já
Que ficarão duras a vida Inteira.
Não vão se transformar na flor branca, Macia e nutritiva.
Não vão Dar alegria para ninguém.
E  você já passou pelo fogo e se transformou em uma pessoa melhor pense nisso e comece a se transformar a partir de hoje para não ficar dura o resto da vida como o milho de pipoca q se recusou a passar pelo fogo.

segunda-feira, 27 de março de 2017

A teia da Aranha

Uma vez um homem estava sendo perseguido por vários malfeitores que queriam matá-lo. O homem, correndo, virou em um atalho que saía da estrada e entrava pelo meio do mato e, no desespero, elevou uma oração a Deus da seguinte maneira:
- Deus Todo Poderoso fazei com que dois anjos venham do céu e tapem a entrada da trilha para que os bandidos não me matem!!!
Nesse momento escutou que os homens se aproximavam da trilha onde ele se escondia e viu que na entrada da trilha apareceu uma minúscula aranha.
A aranha começou a tecer uma teia na entrada da trilha.
O homem se pôs a fazer outra oração cada vez mais angustiado:
- Senhor, eu vos pedi anjos, não uma aranha.
Senhor, por favor, com tua mão poderosa coloca um muro forte na entrada desta trilha, para que os homens não possam entrar e me matar...
Então ele abriu os olhos esperando ver um muro tapando a entrada e viu apenas a aranha tecendo a teia. Os malfeitores estavam entrando na trilha, na qual ele se encontrava, e ele estava esperando apenas a morte.
Quando passaram em frente da trilha o homem escutou:
- Vamos, entremos nesta trilha.
- Não, não está vendo que tem até teia de aranha?
Nada entrou por aqui. Continuemos procurando nas próximas trilhas.
FÉ É CRER NO QUE NÃO SE VÊ É PRESERVERAR DIANTE DO IMPOSSIVEL!
 Às vezes pedimos muros para estarmos seguros, mas Deus pede que tenhamos confiança Nele para deixar que Sua Glória se manifeste e faça algo como uma teia, que nos dá a mesma proteção de uma muralha.

 Nunca desanime em meio às lutas, siga em frente, pois Deus disse: “diga ao fraco que Eu sou forte”.
São nos momentos mais difíceis que encontramos em Deus a nossa força.
BOM DIA!

domingo, 26 de março de 2017

POBREZA E RIQUEZA
  
Um dia um pai de família muito rica levou seu filho para viajar para o interior
Com o firme propósito de mostrar quanto às pessoas podem ser pobres para que seu filho visse o quão grande era suas posses e que havia pessoas necessitadas de dinheiro no mundo a fora que nem todas pessoas tinham  a mesma sorte que ele.
Eles passaram um dia e uma noite na fazenda de uma família muito pobre.
A fazenda era grane mas, não tão imensa quanto a fortuna do pequeno garoto.
 Quando retornaram da viagem o pai perguntou ao filho:
- E ai meu filho, gostou da viagem?
- Muito boa Papai!
- Você viu como as pessoas pobres podem são?como é sofrido ser pobre? O pai perguntou.
- Sim. Responde o garoto.
- E o que você aprendeu? -- o pai perguntou.
O filho respondeu:
- Eu vi que nós temos um cachorro em casa, e eles têm quatro.
- Nós temos uma piscina que alcança o meio do jardim; eles têm um
Riacho que não tem fim.
- Nós temos uma varanda coberta e iluminada com luz, eles têm as
estrelas e a lua.
- Nosso quintal vai até o portão de entrada, eles têm uma floresta inteira.
Quando o pequeno garoto estava acabando de responder, seu pai ficou
Surpreso com a atitude do filho.
O filho ainda  acrescentou:
- Obrigado, pai, por me mostrar o quanto somos  “pobre"!

MORAL DA HISTÓRIA: Tudo o que você tem depende da maneira como
 você olha.
Se você tem amor, amigos, família, saúde, bom humor e atitudes
positivas para com a vida, você tem tudo!
Se você é "pobre de espírito", você não tem nada!

Pense e reflita pois a decisão esta em seus olhos!

sexta-feira, 24 de março de 2017




Lenda Árabe

Diz uma linda lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e em um determinado ponto da viagem discutiram. O outro, ofendido, sem nada a dizer, escreveu na areia:
HOJE, MEU MELHOR AMIGO ME BATEU NO ROSTO.
Seguiram e chegaram a um oásis onde resolveram banhar-se. O que havia sido esbofeteado começou a afogar-se sendo salvo pelo amigo. Ao recuperar-se pegou um estilete e escreveu numa pedra:
HOJE, MEU MELHOR AMIGO SALVOU-ME A VIDA.
Intrigado, o amigo perguntou:
"Por que depois que te bati, você escreveu na areia e agora escreveu na pedra?"
Sorrindo, o outro amigo respondeu:

"Quando um grande amigo nos ofende, deveremos escrever na areia onde o vento do esquecimento e do perdão se encarregam de apagar; porém, quando nos faz algo grandioso, deveremos gravar na pedra da memória do coração onde vento nenhum do mundo poderá apagar!"

quinta-feira, 23 de março de 2017



A rosa


Um certo homem plantou uma rosa e regou-a convincentemente, e antes de desabrochar, ele examinou-a. Ele viu o rebento que iria florir em breve e também os espinhos.

E pensou, "Como pode uma flor bonita vir de uma planta carregada de tantos espinhos?"...

Entristecido por este pensamento, ele deixou de regar a rosa, e antes de estar pronta a florir, ela morreu.

Assim se passa com muitas pessoas. Dentro de cada alma está uma rosa. As qualidades Divinas plantadas em nós à nascença crescem entre os espinhos dos nossos defeitos.

Muitos de nós nos analisamos e só vemos os espinhos, os defeitos. Desesperamos, pensando que nada de bom poderá possivelmente sair de nós. Negligenciamos a rega do que há de bom dentro de nós, e eventualmente isso morre.

Nunca nos chegamos a perceber o nosso potencial. Algumas pessoas não vêem a rosa dentro delas próprias; é preciso alguém lhes mostrar.

Uma das maiores bênçãos que uma pessoa pode possuir, é ser capaz de passar pelos espinhos e encontrar a rosa dentro dos outros.

Esta é a característica do amor, olhar para alguém, e sabendo dos seus defeitos, reconhecer a notabilidade da sua alma, e ajudá-lo a perceber que consegue ultrapassar os seus defeitos.

Se lhe mostrarmos a rosa, ela vencerá os espinhos. Então ela florescerá, com trinta, sessenta ou cem pétalas, conforme lhe tenha sido dado.

O nosso dever neste mundo é ajudar os outros mostrando-lhes as suas rosas e não os seus espinhos. Somente então atingiremos o amor que devemos sentir pelo próximo; somente então podemos florir no nosso próprio jardim.


"Acima de tudo, na vida, temos necessidade de alguém que nos obrigue a realizar aquilo de que somos capazes. É este o papel da amizade.

É PRECISO ESFORÇO

Certo dia, um homem caminhava por uma estrada deserta e começou a sentir fome. Não estava prevenido, pois não sabia que a distância que ia percorrer era longa.
Começou a prestar atenção na vegetação ao longo do caminho, na tentativa de encontrar alguma coisa para acalmar o estômago.
De repente, notou que havia frutos maduros e suculentos em uma árvore. Aproximou-se mas logo desanimou, pois a árvore era muito alta e os frutos inacessíveis.
Continuou andando e foi vencido pela fome e o cansaço. Sentou-se na beira do caminho e ficou ali lamentando a sorte.
Não demorou muito e ele avistou outro viajante que vinha pelo mesmo caminho. Quando o viajante se aproximou, o homem notou que ele estava comendo os frutos saborosos que não pudera alcançar e lhe perguntou:
Amigo, belos frutos você encontrou.
É, respondeu o viajante. Eu os encontrei no caminho. A natureza é pródiga em frutos suculentos.
 Mas você tem a pele machucada. -  Observou o homem.
Ah, mas isso não é nada! São apenas alguns arranhões que ficaram pelo esforço que fiz ao subir na árvore para colher os frutos.
E o homem, agora com mais fome ainda, ficou sentado resmungando, de estômago vazio, enquanto o outro viajante seguiu em frente.
*   *   *
Algumas vezes, fatos como esse também ocorrem conosco.
Ficamos sentados lamentando o sofrimento mas não abrimos mão da acomodação para sair em busca da solução.
Esquecemos que é preciso fazer esforços, lutar, persistir.
É muito comum ouvir pessoas gritando por um lugar ao sol, mas as que verdadeiramente querem um lugar ao sol, trazem algumas queimaduras, fruto da luta pelo ideal que almejam.
Outras, mais acomodadas, dizem que Deus alimenta até mesmo os pássaros. Por que não haveria de providenciar o de que necessitam?
Essas estão certas, em parte, pois se é verdade que Deus dá alimento aos pássaros, também é certo que Ele não o joga dentro do ninho.
O trabalho de busca pelo alimento é por conta de cada pássaro, e muitas vezes isso não é fácil. Há situações em que eles se arriscam e até saem com alguns arranhões.
Por essa razão, lembre-se sempre de que Deus a todos ampara, mas a caminhada, os passos, a busca, é por conta de cada um.
Por vezes a escalada é árdua, exaustiva, solitária. Mas é preciso fazer esforços para alcançar o fruto desejado, principalmente em se tratando dos frutos que saciam a sede da alma.
Jesus ensinou: Batei, e a porta se abrirá. Mas os passos até chegar à porta e o esforço por bater, são necessários.
Buscai e achareis. Outra recomendação na qual está contida a ação necessária. Buscar é movimento, é esforço, é ação. Seria diferente se Jesus tivesse dito: Espere passivamente que a porta se abrirá, ou, fique aí parado que o que deseja chegará até você.
No entanto, é preciso saber o que se busca e por qual porta desejamos entrar.
Ainda aí nossa escolha é totalmente livre. Nossa vontade é que nos conduzirá aonde queremos chegar.
Sendo assim, façamos a nossa escolha e optemos por chegar lá, e chegar bem.
*   *   *
Deus dá asas a todos os pássaros, mas enquanto as andorinhas voam em busca dos climas primaveris e os colibris descobrem novas flores, os abutres farejam a morte para se alimentarem com os restos dos animais vencidos.

quarta-feira, 22 de março de 2017



O Vendedor de Balões

Era uma vez um velho homem que vendia balões numa quermesse.

Evidentemente, o homem era um bom vendedor, pois deixou um balão vermelho soltar-se e elevar-se nos ares, atraindo, desse modo, uma multidão de jovens compradores de balões.

Havia ali perto um menino negro.

Estava observando o vendedor e, é claro apreciando os balões.

Depois de ter soltado o balão vermelho, o homem soltou um azul, depois um amarelo e finalmente um branco.

Todos foram subindo até sumirem de vista.

O menino, de olhar atento, seguia a cada um.

Ficava imaginando mil coisas…

Uma coisa o aborrecia, o homem não soltava o balão preto.

Então aproximou-se do vendedor e lhe perguntou:

- Moço, se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os outros?

O vendedor de balões sorriu compreensivamente para o menino, arrebentou a linha que prendia o balão preto e enquanto ele se elevava nos ares disse:


- Não é a cor, filho, é o que está dentro dele que o faz subi

terça-feira, 21 de março de 2017


 Árvore Torta


Porque temos essa mania querer “consertar” o que achamos errado?
Reflitam....
Um dia, diante da velha árvore torta, um pinheiro todo vergado pelo tempo, o sábio da aldeia ofereceu a sua própria casa para aquele discípulo que “conseguisse ver o pinheiro na posição correta”
Todos se aproximaram e ficaram pensando na possibilidade de ganhar a casa e o prestígio, mas como seria “enxergar o pinheiro na posição correta”? O mesmo era tão torto que a pessoa candidata ao prêmio teria que ser no mínimo contorcionista. Ninguém ganhou o prêmio e o velho sábio explicou ao povo ansioso, que ver aquela árvore em sua posição correta era “vê-la como uma árvore torta”. Só isso
Nós temos em nós, esse jeito, essa mania de querer “consertar as coisas, as pessoas, e tudo mais” de acordo com a nossa visão pessoal. Quando olhamos para uma árvore torta é extremamente importante enxergá-la como árvore torta, sem querer endireitá-la, pois é assim que ela é. Se você tentar “endireitar” a velha árvore torta, ela vai rachar e morrer, por isso é fundamental aceitá-la como ela é.
Nos relacionamentos é comum um criar no outro expectativas próprias, esperar que o outro faça aquilo que ele “sonha” e não o que o outro pode oferecer. Sofremos antecipadamente por criarmos expectativas que não estão alcance dos outros. Porque temos essa visão de “consertar” o que achamos errado. Se tentássemos enxergar as coisas como elas realmente são, muito sofrimento seria poupado.
Os pais sofreriam menos com os seus filhos, pois conhecendo-os, não colocariam expectativas que são suas, na vida dos mesmos, gerando crianças doentes, frustradas, rebeldes e até vazias.
Tente, pelo menos tente, ver as pessoas como elas realmente são, pare de imaginar como elas deveriam ser, ou tentar consertá-las da maneira que você acha melhor. O torto pode ser a melhor forma de uma árvore crescer.
Não criei mais dificuldades no seu relacionamento, se vemos as coisas como elas são, muitos dos nossos problemas deixam de existir, sem mágoas, sem brigas, sem ressentimentos. E para terminar, olhe para você mesmo com os “olhos de ver” e enxergue as possibilidades, as coisas que você ainda pode fazer e não fez. Pode ser que a sua árvore seja torta aos olhos das outras pessoas, mas pode ser a mais frutífera, a mais bonita, a mais perfumada da região, e isso, não depende de mais ninguém para acontecer, depende só de você.



Pense nisso!

Haja o que houver, eu sempre estarei com você

by Nelson Sudário 20-03-2017

MENSAGEM DO DIA: Haja o que houver, eu sempre estarei com você
Um homem sempre dizia ao filho:
- Filho, nunca se esqueça: haja o que houver, eu sempre estarei com você!
Certo dia, um terremoto destruiu grande parte das construções da cidade onde aquele homem morava com sua família. Milhares de pessoas foram mortas e outras ficaram soterradas.
Justamente na hora do terremoto, aquele homem estava numa estrada. Preocupado com sua família, correu para casa. Encontrou a esposa muito nervosa, pois o filho de 12 anos ainda estava na escola. Deixou a esposa amparada pelos vizinhos e partiu para lá.
Ao chegar entrou em desespero. A escola havia sido destruída pelo terremoto e vários estudantes, inclusive seu filho, estavam entre os escombros. Aquele pai, chorando, desesperado, colocou as mãos na cabeça e começou a se lembrar da promessa que sempre fazia ao filho: “haja o que houver, eu estarei sempre com você!”
Mais lembranças passaram por sua mente, como o trajeto que os dois faziam do portão da escola até o corredor onde ficava a sala de aula do filho.
E foi assim, desesperado e se sentindo culpado, que ele decidiu fazer o mesmo trajeto. Só que agora, seria em cima dos escombros, na direção da sala onde o filho estudava. Parou em frente ao que deveria ser a porta da sala. Nada. Nem ao menos um pedaço de alguma coisa que lembrasse a sala de aula. Havia apenas um monte de material destruído. Olhava ao redor e só via destruição. Porém, a todo instante vinha em sua mente a promessa ao filho, de estar sempre junto dele. De repente, aquele homem, no meio dos escombros, parecendo ter um acesso de fúria, começou a retirar os pedaços de paredes e pedras, na esperança de ouvir algum grito de socorro...
Nisso, outros pais foram se aproximando. Também estavam sofrendo, mas já tinham se conformado. Eles diziam para aquele pai:
- Saia daí... vá para casa...não adianta mais...ninguém sobreviveu!
Mas aquele homem não se conformava e implorava:
- Me ajudem ...por favor, me ajudem ...vamos encontrar nossos filhos! Ninguém o ouvia. Todos se afastaram. Depois, vieram os bombeiros que também tentaram tirá-lo de cima dos escombros, onde ficava a sala de aula. Ao invés de desistir, o homem continuava implorando por ajuda:
- Por favor, me ajudem. Preciso salvar meu filho! Eu prometi que nunca o abandonaria, que estaria sempre ao lado dele quando precisasse...por favor, me ajudem!
Mas os bombeiros decidiram se afastar, pois tinham muito trabalho, afinal, vários locais tinham sido destruídos.
O tempo passava, mas aquele homem continuava cavando, retirando pedras e tudo o que encontrava pela frente no meio dos escombros, enquanto gritava o nome do filho.
De repente, ao retirar uma grande pedra, ouviu algo...parecia uma voz, um grito abafado. Seu coração bateu mais forte. Ele continuou cavando mais depressa e chamando pelo filho... e então escutou:
- Pai, papai, eu estou aqui!
A alegria tomou conta daquele homem, que rapidamente retirava, mais e mais pedras. Aliviado, por saber que o filho estava vivo, ele gritou
alegre:
- Graças a Deus! Meu filho está vivo, obrigado, meu Deus!
E continuou cavando, cavando, enquanto mantinha contato com o filho ainda debaixo dos escombros:
- Filho, você está bem?
O menino, com voz bastante abafada, respondeu:
- Estou sim, papai... mas estou com sede e fome!
Mais força e pressa tinha aquele pai de cavar e ver logo seu filho a salvo. E como ouviu mais vozes perguntou:
- Tem mais alguém com você, filho?
O menino, cansado, mas aliviado, respondeu:
- Tem sim, pai. Dos 36 alunos da minha turma, 14 estão aqui comigo. Eles estavam com medo de ninguém nos achar, mas eu falei para ficarem tranqüilos, porque você, PAI, iria nos achar. Eu tinha certeza disso, e repetia o tempo todo; “haja o que houver, o meu pai vai sempre estar comigo...”
Ao terminar aquela frase, o menino já pôde ver uma luz, através de um grande buraco, e em seguida, o rosto do pai, que ansioso para abraçar o filho, disse:
- Vamos filho! Saia, saia logo daí...
Mas, para surpresa do pai, o filho disse:
- Não, pai! Primeiro os meus amigos... eu sei que ... “haja o que houver, você estará me esperando!
LIÇÃO DE VIDA:
Infelizmente nem sempre a gente pode estar o tempo todo protegendo as pessoas que amamos.
Mas existem sentimentos que são elos tão fortes, que explicam histórias como esta que acabei de narrar.
O amor é um desses sentimentos!!!

segunda-feira, 20 de março de 2017


Vontade de fazer

Eu me lembro de um fato ocorrido com nosso filho, Ian, que na época tinha cinco anos de idade. Estávamos com visitas mas já era a hora dele ir dormir. Quando olhei para o chão do quarto, percebi que teria problemas. Brinquedos espalhados por tudo que era lado.
- Ian, eu disse, você precisa guardar todos esses brinquedos antes de ir pra cama.

- Papai, ele respondeu, estou muito cansado para guardar meus brinquedos.
Minha vontade na hora era força-lo a arrumar o quarto.
Ao invés disso, eu entrei no quarto e disse:
- Ian, venha aqui. Vamos brincar de Humpty Dumpty!

Ele subiu em meus joelhos e eu disse,
- Humpty Dumpty sentado no muro. Humpty Dumpty levou um tombo. Humpty Dumpty caiu duro!

E ele, rindo, caía no chão do quarto. Rindo ainda, Ian disse:
- Vamos de novo!.
Bem, depois do terceiro tombo eu disse
- Certo, mas primeiro vá guardar seus brinquedos.

Sem pensar duas vezes, ele levantou-se e em noventa segundos terminou um trabalho que poderia ter levado meia hora. Então ele pulou em meus joelhos e repetiu:
- Papai, vamos brincar de novo!.

- Ian, eu pensei que você estava muito cansado para guardar
seus brinquedos.
No que ele respondeu:
- Eu estava, papai, mas agora eu fiquei com vontade de fazer isto!
****************
Com esta história eu aprendi que podemos terminar todo e qualquer trabalho quando nós temos o incentivo certo para criar a "vontade para fazer"!
Não perca a vontade de realizar seus afazeres com o mesmo amor de sempre...... Isso faz a diferença do seu dia e da sua história.....

Bom dia


Neil Eskelin ( autor)

domingo, 19 de março de 2017

AOS OLHOS DO PAI VC É UMA OBRA PRIMA

Conta-se que um homem acabrunhado entrou em um templo para fazer as suas orações. Em determinado momento, confidenciou a Deus:
Senhor, eu estou aqui porque em templos não há espelhos, pois nunca me senti satisfeito com minha aparência.
Então, na intimidade da consciência, ele começou a ouvir uma voz que lhe dizia, com entonação paternal:
Meu filho, nenhuma das minhas obras surgiu ou ficou sem beleza, pois, lembre-se, que tudo criei com amor.
A aparente feiura é resultado da miopia dos homens, que não sabem, por vezes, descobrir a beleza oculta.
De toda forma, lembre que não importa se o seu corpo é gordo ou magro. O que tem capital importância é que ele é o templo do Espírito imortal. Merece toda a consideração, pois, graças a ele, o Espírito atua no mundo para seu próprio crescimento.
Não importa se seus braços são longos ou curtos. O que tem valor é o desempenho do trabalho honesto que executam.
Não importa se as suas mãos são delicadas ou grosseiras. Sua função é distribuir o bem às outras criaturas. É acarinhá-las e lhes transmitir bem-estar.
Não importa a aparência dos pés. Sua função é tomar o rumo do amor e da humildade.
Não importa o tipo de cabelo, cor, comprimento e se existe ou não numa cabeça. O que importa são os pensamentos que por ela passam e que ela transmite, como criação sua, beneficiando ou destruindo seus irmãos.
Não importa a forma ou a cor dos olhos. O que importa é que eles vejam o valor da vida e, assim ilustrados, colaborem para demonstrar esse valor a outros tantos seres que não gozam da mesma facilidade.
Não importa o formato do nariz. O que importa é inspirar e expirar bom ânimo, entusiasmo, fé.
Não importa se a boca é graciosa ou sem atrativos. O que importa são as palavras que dela saem, edificando vidas ou destruindo pessoas.
* * *
Se você não está feliz com a sua aparência física, medite a respeito. Olhe-se no espelho, outra vez, e descubra o brilho dos seus olhos graças ao amor que lhe vai na alma.
Pense nisso.

sexta-feira, 17 de março de 2017



Dando o melhor!


Muitas coisas se falam a respeito de Beethoven. O fato de ter composto extraordinárias sinfonias, mesmo após a total surdez, é sempre recordado.

Exatamente por causa de sua surdez, ele era pouco sociável. Enquanto pôde, escondeu o fato de a audição estar comprometida.

Evitava as pessoas porque a conversa se lhe tornara uma prática difícil e humilhante. Era o atestado público da sua deficiência auditiva.

Certo dia, um amigo de Beethoven foi surpreendido pela morte súbita de seu filho. Assim que soube, o músico correu para a casa dele, pleno de sofrimento.

Beethoven não tinha palavras de conforto para oferecer. Não sabia o que dizer. Percebeu, contudo, que num canto da sala havia um piano.

Durante 30 minutos, ele extravasou suas emoções da maneira mais eloqüente que podia. Tocou piano. Ao contato dos seus dedos, as teclas acionadas emitiram lamentos e melodiosa harmonia de consolo.

Assim que terminou, ele foi embora. Mais tarde, o amigo comentou que nenhuma outra visita havia sido tão significativa quanto aquela.

Por vezes, nós também, surpreendidos por notícias muito tristes ou chocantes, não encontramos palavras para expressar conforto ou consolação.

Chegamos ao ponto de não comparecer ao enterro de um amigo, por sentir "não ter jeito" para dizer algo para a viúva, ou os filhos órfãos.

Não vamos ao hospital, visitar um enfermo do nosso círculo de relações, porque nos sentimos inibidos. Como chegar? O que levar? O que dizer?

Aprendamos com o gesto do imortal Beethoven. Na ausência de palavras, permitamos que falem os nossos sentimentos.

Ofertemos o abraço silencioso e deixemos que a vertente das lágrimas de quem se veste de tristeza, escorra em nosso peito.

Ofereçamos os ombros para auxiliar a carregar a dor que extravasa da alma, vergastando o corpo.

Sentemo-nos ao lado de quem padece e lhe seguremos a mão, como a afirmar, com todas as letras e nenhum som: "estou aqui. Conte comigo."

Sirvamos um copo d’água, um suco àquele que secou a fonte das lágrimas e prossegue com a alma em frangalhos. Isto poderá trazer renovado alento ao corpo exaurido pela convulsão das dores.

Verifiquemos se não podemos providenciar um cantinho para um repouso, ainda que breve.

Permaneçamos com o amigo, mesmo depois que todos se tenham retirado para seus lares ou se dirigido aos seus afazeres. As horas da solidão são mais longas, quando os ponteiros avançam a madrugada.

***

Sê amigo conveniente, sabendo conduzir-te com discrição e nobreza junto àqueles que te elegem a amizade.

A discrição é tesouro pouco preservado nas amizades terrenas.

Todas as pessoas gostam de companhias nobres e discretas, que inspiram confiança, favorecendo a tranqüilidade.


Ouve, vê, acompanha e conversa com nobreza, sendo fiel à confiança que em ti depositem

quinta-feira, 16 de março de 2017



Pela estrada da vida!

Era uma dessas bicicletas com dois assentos e meu novo companheiro ia no banco de trás me ajudando a pedalar. Não me lembro bem de quando foi que ele sugeriu que mudássemos de lugar mas, desde então, minha vida não foi mais a mesma.

Enquanto eu estava no controle, eu sabia o caminho. Era bastante chato, mas era sempre a previsível menor distância entre dois pontos. Mas quando ele tomou a iniciativa, ele passou por incríveis descidas, por vales, por cima de altas montanhas e por lugares rochosos em perigosa velocidade.

Embora parecesse loucura, ele disse: - Pedale!
Eu estava preocupado e ansioso e perguntei:
- Para onde você está me levando?

Ele riu e não respondeu, e eu comecei a aprender a confiar. Me esqueci de minha vidinha chata e embarquei na aventura. E quando eu dizia:
- Estou com medo.

Ele apenas tocava em minha mão. Eu conquistei amor, paz, aceitação e alegria; presentes recebidos em nossa jornada. E lá íamos nós. Ele disse:
- Doe estes presentes. São bagagem extra, peso demais.
Então eu fiz isto, dei os presentes para as pessoas que encontramos, e acho que ao dar eu recebi. Mas nossa carga estava mais leve.

Eu não confiei à ele, logo de cara, o controle de minha vida. Eu achava que me arruinaria; mas ele conhece bem os segredos da bicicleta, sabe como fazer cada curva, sabe como evitar as pedras altas, sabe como saltar para encurtar as passagens assustadoras.

Estou aprendendo a pedalar por lugares que me eram estranhos e estou começando a apreciar a vista e a brisa fresca em meu rosto, sempre com meu companheiro, Jesus Cristo.

E quando eu estou certo de que não posso fazer mais, Ele apenas sorri e diz: "PEDALE"

E você! já deu umas pedaladas hoje? não! seu companheiro esta ai se preparando... para lhe acompanhar...



 Bom dia !

quarta-feira, 15 de março de 2017



Última corda

Era uma vez um grande violinista chamado Paganini. Alguns diziam que ele era muito estranho, outros, que ele era sobrenatural.

As notas mágicas que saíam de seu violino tinham um som diferente, por isso ninguém queria perder a oportunidade de assistir seu espetáculo.

Certa noite, o palco de um auditório repleto de admiradores estava preparado para recebê-lo.

A orquestra entrou e foi aplaudida. O maestro, ovacionado. Mas quando surgiu a figura de Paganini, triunfante, o público delirou.

Nicolo Paganini colocou seu violino no ombro, e o que se assistiu em seguida foi indescritível.

Breves e semibreves, fusas e semifusas, colcheias e semicolcheias, pareciam ter asas e voar com o delicado toque daqueles dedos virtuosos.

De repente, porém, um som estranho interrompe o devaneio da platéia: uma das cordas do violino de Paganini arrebentara.

O maestro parou. A orquestra parou. Mas Paganini não parou.

Olhando para sua partitura ele continuava a tirar sons deliciosos de um violino com problemas.

O maestro e a orquestra, empolgados, voltam a tocar.

Mal o público se acalmou quando, de repente, um outro som perturbador: uma outra corda do violino do virtuose se rompe.

O maestro parou de novo. A orquestra parou de novo. Paganini não parou.

Como se nada tivesse acontecido, ele esqueceu as dificuldades e avançou, tirando sons do impossível.

O maestro e a orquestra, impressionados, voltam a tocar.

Mas o público não poderia imaginar o que aconteceria a seguir: todas as pessoas, pasmas, gritaram: Oohhh!

Uma terceira corda do instrumento de Paganini se quebra.

O maestro pára. A orquestra pára. A respiração do público pára. Mas Paganini... Paganini não pára.

Como se fosse um contorcionista musical, ele tira todos os sons da única corda que sobrara daquele violino destruído.

Paganini atinge a glória. Seu nome corre através do tempo.

Ele não é apenas um violinista genial, mas o símbolo do ser humano que continua diante do impossível.

* * *

Este é o espírito da perseverança, da criatividade e habilidade perante os obstáculos naturais da vida no Mundo.

Lembremos desta história, todas as vezes que as cordas de nossos instrumentos se romperem.

Afirmemos no íntimo: Eu sei que posso continuar!

Afirmemos para a alma: Não é qualquer adversidade que irá me derrubar, que irá me fazer desistir!

Perceberemos então, com encanto, que muitas vezes nossas mãos calejadas, obrigadas a retirar sons de uma única corda, estão sendo amparadas por mãos invisíveis de Misericórdia.

Nunca estamos sozinhos no concerto da vida na Terra.

À maneira de um público empolgado que incentiva o artista, o Invisível nos dá forças, nos alimenta o ânimo, e nos aplaude cada vez que nos superamos.
 
Continuemos... Sem medo, sem hesitação.

Toquemos nossa música da alma para o céu azul ou para as estrelas. Contando com as quatro cordas de nossa rabeca, ou apenas com uma delas.

Não deixemos de tocar!